Reino Unido encomenda mais 90 milhões de doses de vacinas
da ANSA
O governo do Reino Unido encomendou mais 90 milhões de doses de duas vacinas candidatas contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) nesta segunda-feira (20). Com isso, o país já tem reservados cerca de 200 milhões de unidades das imunizações.
Nesta segunda-feira (20), os acordos foram fechados com a BioNTech e Pfizer (30 milhões de doses) e com a farmacêutica francesa Valneva (60 milhões com a possibilidade de compra de mais 40 milhões em caso de sucesso na prevenção à Covid-19).
O governo britânico já tinha reservado 100 milhões de doses com o laboratório AstraZeneca, que está produzindo a vacina da Universidade de Oxford e que está na fase 3 dos testes clínicos com cerca de 10 mil voluntários, inclusive no Brasil.
A BioNTech e a Pfizer criaram a vacina BNT162, que está na fase 2 dos testes clínicos, e usam como base o mRNA contra o coronavírus. Já a Valneva desenvolve a VLA2001, que usa uma parte inativa do Sars-CoV-2 para criar a imunização e utiliza uma tecnologia criada pela divisão japonesa da empresa que foi já testada contra encefalite. A empresa informa que acredita que os testes clínicos finais sejam realizados no fim deste ano.
Segundo nota oficial do governo, o acordo com as três empresas garante que o país terá imunização suficiente para os grupos de risco e prioritários, como idosos e profissionais de saúde, em um primeiro momento.
“Com o anúncio de hoje, o governo garante acesso a três diferentes tipos de vacina que estão sendo desenvolvidas aqui e no mundo, dando ao Reino Unido a melhor hipótese de ter acesso rapidamente a uma vacina segura e eficaz”, ressalta o documento.
Atualmente, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 20 vacinas candidatas contra o novo coronavírus sendo testadas em todo o mundo. As mais avançadas, que já estão na última fase dos testes clínicos são a ChAdOx1 nCoV-19, da Universidade de Oxford, a CoronaVac, da chinesa Sinovac Biotech, a Ad5 nCoV, da chinesa CanSino e da Academia de Ciências Militares da China, a mRNA-1273, da norte-americana Moderna e do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) e uma vacina russa desenvolvida pela Universidade de Sechenov.
Fotos: Jefferson Peixoto / Secom