Professores articulam não usar computadores e celulares próprios para dar aula
Foi considerada uma atividade essencial, mas o Brasil é um dos poucos países onde as aulas presenciais, tanto para crianças, quanto para adultos não foram retomadas em nenhum momento pela rede pública de ensino. Em alguns estados, as escolas privadas até tiveram a iniciativa do retorno, mas o ano letivo terminou com aulas 100% a distância na imensa maioria do país. O Ministério da Educação, por sua vez, não agiu, nem mesmo com divulgação ampla de diretrizes que possam garantir o retorno das aulas presenciais com segurança para alunos e todos os profissionais das escolas.
Desde março do ano passado, as aulas estão ocorrendo a distância por conta da pandemia do novo coronavírus. Hoje (14), num grupo de professores do Paraná, um professor postou que “Esse ano como protesto: deveríamos não usar nossos celulares e notebooks. O governo deve nos fornecer equipamentos. Fica a dica!” e a postagem recebeu apoio de outros profissionais da educação, mas ele também foi criticado por alguns colegas.
O “eu concordo” está entre a maioria dos comentários. Outros comentários de apoio aparecerem, um deles diz: “Infelizmente nossa classe não é unida, e incapaz de perceber que se não tivesse utilizado seus recursos tecnológicos, a EaD no Paraná não teria se concretizado.”. Entre os que discordam, a professora reclama até mesmo do possível equipamento que ganharia “Eu não quero não… Provavelmente vai ser da marca Multilaser… Lixo!!! Quero em dinheiro para eu escolher.“
>> Curta o Mesorregional no Facebook
>> Siga o Mesorregional no Twitter
>> Entre no canal do Mesorregional no Telegram
>> Acompanhe o Mesorregional no Instagram
>> Inscreva-se em nosso canal do YouTube
Já há quem discorde da atitude e alerta que a educação não pode ser instrumento de “boicote. “Boicotar as formações pedagógicas também não tem progressão” escreveu uma professora da rede estadual, conforme consta em seu perfil. Outro comentou: “Pode abandonar. Ano passado eu tive problemas com meu notebook, me mandaram ir pra escola pra trabalhar.”
Entre as manifestações há quem queira fazer greve e até mesmo quem fala que se nega a ir para escola, por que poderia ser assaltada no trajeto casa trabalho. Entanto isso, a maioria das atividades no Brasil já seguem funcionando presencialmente, tanto no ramo de serviços, quanto na indústria e no comércio. Vale lembrar que associações de escolas privadas lutam, até mesmo na justiça para que as aulas presenciais retomem.
A publicação e manifestações do Paraná, já deixam claro que o retorno das atividades na rede pública de ensino em todo o país deve ser difícil. Há professor que já fala em greve geral, sendo que apesar do trabalho em home-office, como foi operado na maior parte do ano, não houve redução de salários, tão pouco exclusão de benefícios, como vale alimentação, como ocorreu em alguns casos da rede privada e em diversos outros ramos, menos do serviço público, que apensar de ter jornada reduzida em algumas atividades, o Supremo Tribunal Federal julgou ilegal a redução de valores do soldo.