A cortina de fumaça criada com a prisão de Daniel Silveira
Todos unidos: centrão, petistas e bolsonaristas abraçados atrás da cortina de fumaça criada pela atropelada prisão do deputado Daniel Silveira (PSL/RJ) após fazer manifestações inconstitucionais alusivas ao AI-5 (Ato Institucional 5, que resultou no fechamento do Congresso Nacional e das assembleias legislativas dos estados, instituiu a censura prévia da imprensa e de produções artísticas e deu ao presidente a possibilidade de intervenção nos estados e municípios, além de tornar ilegais as reuniões políticas não autorizadas pela polícia e toques de recolher). Essa união visa um objetivo: blindar congressistas que cometerem crime, com relação às prisões em flagrante.
Em meio a pior situação da pandemia gerada pelo novo coronavírus, crise econômica e outras situações que merecem prioridade, a prioridade da preocupação dos deputados é com eles mesmos, sem a mínima vergonha na cara, tudo com apoio incondicional pelo recém eleito presidente da Casa, Arthur César Pereira de Lira (PP/AL), que recebeu o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro. Rechaçando situações como a da deputada Flor de Liz (PSD/RJ), que mandou matar o próprio marido e que continua solta e cumprindo seu mandato.
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A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) número 3/2021, que passou a ser conhecida como “PEC da Impunidade” incrivelmente recebe o apoio de alguns brasileiros, que dizem lutar em prol da honestidade, vai garantir aos parlamentares brasileiros que propina se torne uma coisa cada vez mais normal, que desvio de dinheiro público fique cada vez mais evidente, que crimes comuns possam ser praticados por políticos com a certeza de que terão o conforto dos privilégios aumentados. Brasil, o país que temos e aceitamos, calados, ou fazendo ataques contra nós mesmos nas redes sociais, enquanto políticos canalhas e criminosos tornam a eles mesmos cada vez mais imunes.
Foto: Najara Araujo / Câmara dos Deputados