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Deputada Paulinha é Expulsa do PDT

A ex-prefeita de Bombinhas e atual deputada estadual Paulinha foi expulsa do PDT por infidelidade partidária. A “gota d’água” foi ter virado líder do Governo Moisés (PSL) sem conversar com outros caciques do partido, que certamente queriam um “espacinho”. Há alguns partidos no radar de Paulinha, destacando-se o DEM, o Podemos, o MDB e o PP.

Paulinha era socialista de carteirinha, idolatrava Che Guevara e começou a vida pública no movimento estudantil, enquanto fazia parte da Juventude Socialista, uma espécie de grupo de jovens do partido. O PDT é o único partido brasileiro membro da “Internacional Socialista”, seu estatuto é claro quanto a sua ideologia, seguindo a linha política da “esquerda trabalhista”.

Dentre seus líderes, podemos destacar o falecido Leonel Brizola, justamente um dos caciques da então chamada “esquerda revolucionária” que incitou o motim de marinheiros que acabou culminando na deposição do então presidente João Goulart, em 1964. Brizola acabou exilado quando os militares assumiram o poder, voltando ao Brasil somente em 1979, tentando logo depois recriar a legenda de seu padrinho político Getúlio Vargas, entretanto um novo PTB já estava em processo de fundação e por isso acabou se contentando em criar outra agremiação: o PDT.

Paulinha, quando prefeita, foi quem criou a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) em Bombinhas, que obriga seus visitantes a pagar um valor diário caso queiram entrar na cidade. A legitimidade constitucional da taxa gera um forte embate até hoje, tanto na esfera legal, quanto política.

Em sua campanha à Alesc, Paulinha teve um cabo eleitoral de peso em Blumenau, o ex-vereador Fábio Fiedler, um dos réus da antiga operação tapete negro. Com Paulinha, Fábio parece ter aprendido sobre o tributo e, junto com seu ex-colega vereador Robinho, abriu uma empresa especializada em cobrança de TPA, ganhando em seguida a licitação de Governador Celso Ramos, que também começou a cobrar a taxa.

Paulinha colecionou inimizades dentro do PDT na mesma medida em que crescia politicamente. Um de seus mais fiéis algozes é o blumenauense Ivan Naatz, também deputado e hoje no PL. Os dois costumam trocar ofensas e prolongar diversas discussões na casa legislativa.

Por mais que eu discorde da maioria das ideias da deputada, trata-se de uma parlamentar que precisa ter liberdade para “parlar”. Se o PDT insiste em continuar sendo um partido que pune os membros que se rebelam contra sua ideologia ultrapassada, que seja enfim condenado ao limbo, de onde já está bem perto.

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