Segundo depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro dura cerca de 2 horas, em Curitiba
O segundo depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, na Justiça Federal de Curitiba no âmbito das investigações Operação Lava Jato, durou cerca de duas horas e meia na tarde desta quarta-feira (13). Assim como no primeiro depoimento, após terminar de depor, o ex-mandatário seguiu para um ato público organizado pelo PT (Partido dos Trabalhadores) e por movimentos sociais.
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Na primeira vez Lula foi ouvido em uma ação penal em que era acusado de ser beneficiário de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, na qual foi condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Hoje o ex-mandatário foi interrogado por conta de um inquérito em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por fazer parte de um suposto pagamento de propina por parte da Construtora Odebrecht. De acordo com a denúncia, a empresa comprou um terreno para construir uma nova sede para o Instituto Lula. Na ocasião, a empreiteira teria comprado um apartamento próximo ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente os seguranças de Lula.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os dois imóveis fazem parte de um total de R$ 75 milhões em propinas que foram pagas pela Odebrecht a funcionários da Petrobras e políticos, após a empreiteira firmar oito contratos com a estatal. Na denúncia, o MPF também afirma que o terreno do Instituto Lula foi comprado pela Odebrecht, usando o nome de outra empreiteira, a DAG. Apesar das negociações terem sido feitas, nada foi construído no local.
Por sua vez, a compra do apartamento foi realizada com a ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai. No total, oito pessoas foram denunciadas, inclusive a ex-primeira-dama Maria Letícia, que teve o nome retirado após sua morte. Os advogados de defesa do ex-presidente garante que o petista é inocente e afirma que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.
A Revista Exame já disponibilizou todos os vídeos do depoimento no YouTube e você pode conferir abaixo como foi o interrogatório:
Foto: Roberto Parizotti / CUT