Formação de ciclone próximo do sul do Brasil chama atenção e preocupa meteorologistas
A formação de um ciclone, inicialmente extratropical, que se formou a Leste do Uruguai, junto à frente fria adquiriu características, atípicas na noite da última segunda-feira (28). Meteorologistas consideram o sistema intenso, pequeno e concêntrico, que agora parece ter um centro fechado de circulação com aparência de um “olho”.
De acordo com o MetSul, a Diretoria de Hidrografia Naval da Marinha do Brasil (DHN), em sua carta sinótica emitida às 21h de segunda-feira classificou o ciclone na costa do Uruguai e a Sudeste do Chuí como uma tempestade subtropical, ou seja, um ciclone híbrido, com centro quente em superfície e frio em altitude vento sustentado de 83 km/h e rajadas de até 93 km/h.
Um boletim, entretanto, da agência meteorológica dos Estados Unidos (NOAA) indicou que o sistema passou por uma transição de subtropical para tropical (centro totalmente quente) na mesma noite. O comunicado observou a formação de um olho no sistema após 20h30min e o resfriamento dos topos das nuvens ao redor do centro de circulação (CDO), indicando uma intensificação por convecção (instabilidade).
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O boletim classificou o sistema como Invest, o que significa que passou a merecer monitoramento e coleta de dados pelos centros de previsão de ciclones tropicais, e ainda estima a intensidade do ciclone pela técnica de Dvorak para ciclones tropicais a partir das imagens de satélite.
O ciclone acabou se aproximando da costa e a classificação evoluiu para uma tempestade subtropical, batizada de Raoni, com vento sustentado de 102 km/h. Isso coloca o sistema no limite superior de uma tempestade tropical e perto do estágio de furacão que é a partir de 4.0 na escala de Current Intensity (CI) na técnica Dvorak.
Essa ventania já causou estragos no Uruguai e até mesmo no Rio Grande do Sul e ainda está provocando ondas de 3 metros de altura próximo da costa de Santa Catarina, esses reflexos podem ocorrer até amanhã, quinta-feira (01), período em que não se aconselha a navegação marinha. Como a distância é considerável da costa catarinense o vento em solo, não deve ultrapassar 50km/h.
*Com informações da Visor Notícias
Foto: Reprodução / Windy