DestaquesMundo

Telescópio James Webb chega a seu destino final

da ANSA

O telescópio espacial James Webb, um dos projetos mais ambiciosos na história da exploração do Universo, chegou nesta segunda-feira (24) a seu ponto de observação, situado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

O maior telescópio espacial já desenvolvido pela humanidade alcançou o ponto conhecido como Lagrange 2 (L2), onde a influência gravitacional do Sol e da Terra se anulam, permitindo que o equipamento permaneça no local com um gasto mínimo de combustível.

Converse com o Mesorregional e faça parte do nosso grupo de notícias no WhatsApp

Desenvolvido pela Nasa e pelas agências espaciais da União Europeia e do Canadá, o James Webb foi lançado ao Espaço pelo foguete Ariane 5, em 25 de dezembro, e aos poucos foi se desdobrando para atingir sua configuração final.

Ao contrário do Hubble, que capta sobretudo a luz visível, o James Webb vai observar em infravermelho, o que lhe permitirá estudar fenômenos mais distantes no tempo, como o surgimento das primeiras galáxias.

Enquanto o Hubble, por exemplo, consegue observar eventos ocorridos há 13,2 bilhões de anos, o James Webb poderá chegar 13,5 bilhões de anos atrás – estima-se que o Big Bang tenha ocorrido há 13,7 bilhões de anos.

Como o Universo está em constante expansão, os raios de luz visível emitidos naquela era primordial são “esticados” em seu caminho até nós, deslocando-se até a faixa do infravermelho, que é invisível para o olho humano.

Além disso, o telescópio conseguirá ver através das nebulosas, nuvens de gás onde surgem as estrelas, e estudar a atmosfera de exoplanetas em busca de possíveis marcadores biológicos da presença de vida.

As primeiras imagens, no entanto, devem chegar apenas a partir de junho, já que o James Webb precisa se resfriar e ter seus instrumentos testados e calibrados antes de começar a funcionar.

Devido à distância, não será possível fazer reparos caso algo dê errado.

error: Conteúdo Protegido !!