Primeira catarinense a ocupar vaga no CNMP sofre pressão para desistir das eleições
A advogada blumenauense Sandra Krieger é uma das poucas mulheres a ter ocupado uma cadeira no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pretende continuar no cargo, sendo uma das candidatas mais forte, porém, ao que tudo indica, está enfrentando dois tipos de adversários, a concorrência, e, também a permissão para que a votação aconteça, isso porque foi adiada algumas vezes.
De acordo com algumas reportagens veiculadas por veículos de comunicação de abrangência nacional, como Veja, Folha de São Paulo e O Bastidor, os adiamentos das votações ocorrem simplesmente pelo fato de uma mulher aparecer entre os favoritos na disputa interna da Ordem dos Advogados do Brasil.
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Ainda conforme as reportagens, seus rivais, afirmam que a blumenauense está foram de um acordo político, encabeçado pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que por várias vezes criticou o atual presidente da República por dar pouco espaços às mulheres. E agora a instituição que preside, parece criar embaraços para que no CNMP fiquem apenas homens.
As vagas constitucionais da OAB ao CNMP estão em aberto desde outubro do ano passado. Durante seu primeiro mandato – 2019/2021 -, Sandra foi uma das responsáveis pela comissão da saúde do Conselho que entre outras funções foi fundamental no intermédio entre Ministério Público e Ministério da Saúde de questões relacionadas à pandemia.
Cabe destacar que CNMP tem 14 conselheiros, que são indicados pelo Poderes Judiciários e Legislativo (Câmara e Senado), Ministério Público e OAB. Onze dessas cadeiras já foram definidas e serão ocupadas exclusivamente por homens.
Foto: Divulgação / CNMP