Moisés derrete e pode ficar fora do Segundo Turno
Segundo a pesquisa eleitoral do IPEC divulgada neste último dia 20, o atual governador Carlos Moisés (Republicanos) perdeu força e já se fala até em um segundo turno sem ele.
O atual governador liderava com folga de sete pontos percentuais de diferença para Jorginho Mello (PL) e agora aparece tecnicamente empatado com o senador.
A situação atual de Jorginho Mello (PL) é semelhante à de Moisés (Republicanos) durante a campanha de 2018, pois, assim como este último, o primeiro também acabou tendo a “sorte” de ter o presidente Bolsonaro em seu partido.
A popularidade de Bolsonaro é inegável em Santa Catarina, entretanto os eleitores do atual presidente estão “vacinados” contra seus correligionários que aparecem pedindo voto em época de eleições, haja vista o ocorrido após o último pleito, quando há quem diga que Carlos Moisés usou o nome do mandatário nacional para se eleger e, após isso, o traiu.
Outro que tem se destacado no pleito é Gean Loureiro, que quase dobrou a porcentagem de intenção de voto entre 23 de agosto e 20 de setembro. Saltou de 8% para 14%. O ex-prefeito de Florianópolis também tem a seu favor o menor índice de rejeição: apenas 7%.
Em um comparativo simples, a rejeição do atual governador no estado mais conservador do país parece estar enorme, nada menos que 27%, chegando a superar a do petista Décio Lima (20%). Jorginho, do partido de Bolsonaro, tem 11%.
Esperidião Amin representa a velha guarda política. Os comentários nos bastidores são de que o senador nem mesmo queria estar concorrendo, participa do pleito por não ter conseguido entrar em outra chapa mais consolidada. Se estivéssemos na década de 90, talvez teria até alguma chance de vitória, mas nos tempos atuais, ele próprio sabe que é impossível chegar. Certamente trabalha para negociar seu apoio com algum dos candidatos do certeiro segundo turno que teremos.
A maior decepção na corrida eleitoral no estado é a campanha de Odair Tramontin (Novo), que, após quase eleger-se prefeito em Blumenau, deveria estar, no mínimo, à frente de Décio Lima (PT), mas tem se estagnado nos dois pontos percentuais de intenções de voto, contra surpreendentes dez do apoiador de Lula.
Alguns correligionários de Tramontin (Novo) têm atribuído seu insucesso no pleito estadual às regalias que possui como Funcionário Público Estadual, pois Odair é Promotor Público e segue recebendo salários enquanto faz campanha, mesmo estando em um partido que garante combater tais privilégios.
E que a verdade seja dita, se Moisés seguir se preocupando mais em vestir-se à imagem e semelhança do presidente ucraniano e menos com a engrenagem de sua campanha, este colunista tende a acreditar em um Segundo Turno acirrado entre Jorginho Mello e Gean Loureiro.
Sou Thiago Schulze, colunista de política no Mesorregional e você pode me seguir no Instagram em @thiago.schulze ou enviar sugestões para o e-mail politica@mesorregional.com.br. E ainda, se quiser ser avisado sobre novas publicações em primeira mão, clique aqui e entre no Grupo de Whatsapp, é grátis!
