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Câncer de bexiga pode passar despercebido e ser confundido com infecções urinárias

Dificuldade para urinar, uma simples ardência e até sangramento podem ser sintomas de que algo mais sério está acontecendo no organismo e deve ser investigado. De acordo com o oncologista clínico Dr. Rodrigo Rovere, da Oncoclínicas Grande Florianópolis, o câncer de bexiga pode ser confundido com doenças benignas, como infecção do trato urinário e, por isso, um especialista deve ser consultado assim que surgirem as primeiras alterações.

No Brasil, para cada ano do triênio 2023-2025, o volume de novos casos de câncer de bexiga é de 11.370, correspondendo a um risco estimado de 5,25 casos a cada 100 mil habitantes, sendo 7.870 casos em homens e 3.500 em mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os dados representam um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de bexiga está na 12a posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

Na região sul do Brasil, sem levar em conta os tumores de pele não melanoma, o câncer de bexiga ocupa a sétima posição entre os homens, com 10,43 casos a cada 100 mil habitantes, e a 17a entre as mulheres, com 3,50 casos/100 mil habitantes.

Tipos de câncer de bexiga

O câncer de bexiga é classificado de acordo com a célula que sofreu alteração. Existem três tipos:

– Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga;

– Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas; e

Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

Diagnóstico

O Dr. Rovere explica que o diagnóstico é realizado por meio de exames de imagem e biópsia e o tratamento irá depender do estágio da doença. “Pode ser feita desde uma raspagem no local até a indicação de quimioterapia”. O especialista ainda destaca haver um alto índice de lesões provocadas pelo tabagismo, chegando à metade dos casos da doença. “Portando, parar de fumar é uma das principais formas de prevenção”. Alimentação saudável e ingestão regular de líquidos também contribuem para evitar o câncer de bexiga.

Foto: Divulgação / Oncoclínicas

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