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Campanha Sinal Vermelho será apresentada pela Cevid na comarca de Blumenau

Para reforçar a divulgação da campanha Sinal Vermelho, que nasceu da urgência em auxiliar as mulheres vítimas de violência doméstica durante o período de isolamento social ocasionado pela pandemia de Covid-19, a coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Poder Judiciário de Santa Catarina, desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, apresentará nesta quinta-feira (21/9) detalhes sobre a campanha na comarca de Blumenau.

Idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a campanha Sinal Vermelho passou a ser um dos instrumentos de denúncia contra a violência doméstica. Na prática, toda mulher que estiver sob ameaça de violência doméstica e familiar pode alertar sobre essa situação ao riscar um “X” na palma da mão e apresentá-la em locais públicos.

O objetivo da passagem da desembargadora pela cidade do Vale do Itajaí é intensificar a disseminação da campanha Sinal Vermelho por todo o Estado a partir das cidades polos. O juiz Rubens Ribeiro da Silva Neto, titular do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da comarca de Blumenau, unidade com competência para o processamento das ações de violência doméstica e familiar contra as mulheres, reforça a importância da campanha que tem por objetivo oferecer um canal silencioso de denúncia à vitima.

“A Campanha Sinal Vermelho é de suma importância para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Trata-se de uma simples, mas poderosa ferramenta colocada à disposição das vítimas, que, muitas vezes, subjugadas por seus agressores, não possuem condições de procurar as autoridades. Assim, com um sinal “X” nas palmas de suas mãos ou em um pedaço de papel, conseguem denunciar o cenário de violência no qual estão inseridas”, menciona o magistrado ao citar que campanhas como essa contribuem sobremaneira para a concretização dos direitos humanos das mulheres, pois, com informação, mais vítimas poderão ter acesso ao sistema de proteção previsto na Lei Maria da Penha. 

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente as vítimas já podem contar com o apoio de aproximadamente 15 mil farmácias, drogarias, prefeituras, órgãos do Judiciário (Justiça Eleitoral ou cartório extrajudicial) e agências do Banco do Brasil ao longo de todo o território brasileiro. O sinal “X” feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um pedaço de papel, o que for mais fácil, permite que a pessoa treinada reconheça que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, acione a Polícia Militar.

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