Operação 60 Segundos: 24 denunciados pelo MPSC são condenados em Blumenau
A Operação 60 Segundos resultou na condenação dos integrantes de uma organização criminosa que agia no furto, na receptação e na adulteração de veículos. Dos 28 denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), 24 receberam sentença que varia de quatro a 274 anos de reclusão. Os réus atuavam em 11 cidades do Vale do Itajaí e da Grande Florianópolis desde 2020.
Eles foram alvo de uma investigação criminal da 10ª Promotoria de Justiça da comarca e da Operação 60 Segundos, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), instaurada em junho de 2022. A operação envolveu 360 agentes da Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Científica de Santa Catarina. A condenação da 2ª Vara Criminal de Blumenau foi proferida em 27 de outubro de 2023.
Conforme as investigações do MPSC, entre 2020 e 2022, o grupo se associou para praticar furtos de veículos – em especial caminhonetes -, adulterando as identificações dos automóveis para a comercialização clandestina. Na operação para investigar a organização criminosa, o GAECO apurou que o grupo tinha como base a cidade de Blumenau, onde se reuniam em uma empresa de lavação de carros para definir estratégias e praticar os crimes.
De Blumenau, a organização criminosa partia para várias cidades de Santa Catarina, em especial a região litorânea do Vale do Itajaí, sempre com revezamento entre os criminosos, para furtar veículos de alto valor financeiro. Após obterem sucesso, eles voltavam a localidades próximas a Blumenau com o produto do furto e escoltados por outros integrantes da organização criminosa, em carros menores, para prevenir eventuais riscos da operação.
Após o furto, os veículos costumavam ficar alguns dias em vias públicas, com placas clonadas, a fim de se garantir que não tinham sistema de rastreamento. Na sequência, eram levados para o desmanche.
“A forma com que os crimes eram praticados demonstra elevadíssima profissionalização dos agentes, o que também faz concluir que eles fazem desses delitos um meio de vida, ainda que complementar”, escreveu o Promotor de Justiça Rodrigo Andrade Viviani na denúncia.