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Santa Catarina dobrou o número de médicos nos últimos 13 anos

A quantidade de médicos em Santa Catarina dobrou de 2011 para cá, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O levantamento, divulgado na última segunda-feira (8), aponta que o estado tinha 11.790 médicos há 13 anos e, agora, conta com 24.754 profissionais. Com isso, a densidade por mil habitantes também cresceu: passou de 1,89 para 3,15 médicos por cada grupo de mil pessoas.

“Os dados indicam que o estado conta hoje com mais médicos. Mas a que custo? Observamos a criação indiscriminada de escolas médicas no País sem critérios técnicos mínimos, o que afeta a qualidade da formação em medicina. Outra questão a ser observada é que o aumento do número de médicos depende também de melhores condições de trabalho e de estímulo aos profissionais no cumprimento de sua missão. A qualidade da assistência não é uma questão apenas matemática, mas que exige planejamento e boa gestão”, afirma o presidente do CFM, José Hiran Gallo.

Em Santa Catarina, são 13.429 médicos e 11.325 médicas. A média de idade desses profissionais é de 43,65 anos, enquanto a média do tempo de formado chega a 17,42 anos. Na distribuição pelo território, verifica-se 5.823 médicos atuando na capital, Florianópolis, ou seja, 24% do total, e 18.931 no interior.

Apesar de ter menos médicos, Florianópolis se destaca com uma média de densidade médica superior à registrada no interior da unidade da federação. Na capital, são 10,49 médicos para cada mil habitantes. Já no interior são 2,59 por mil habitantes. A maioria dos médicos tem Registro de Qualificação de Especialidade Médica (RQE): 14.804. Outros 9.950 não são especialistas (não têm RQE).

“É importante ressaltar que somente o aumento da quantidade de médicos não é suficiente para atender as demandas da população catarinense. Sem condições de atendimento, sem adequada estrutura e de remuneração apropriada, esses profissionais terão dificuldades em atuar na prevenção de doenças, diagnósticos e na oferta de tratamentos seguros e eficazes. O estímulo das iniciativas público e privada, com a oferta de remuneração compatível com a responsabilidade médica, preparo e dedicação, é de extrema relevância para que os profissionais não fiquem concentrados apenas nos grandes centros, no litoral e áreas desenvolvidas e fora do SUS., destaca a médica Renata Zomer (CRM-SC 12432), conselheira do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC).

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