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Homem é condenado a 26 anos e 11 meses de reclusão por fratricídio em Itajaí

Em Itajaí, um homem foi condenado a 26 anos e 11 meses de reclusão pelo assassinato de seu próprio irmão, configurando o crime de fratricídio. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (27) após o Conselho de Sentença acolher integralmente a sustentação da Promotora de Justiça Larissa Moreno da Costa. Por maioria, os jurados reconheceram a materialidade, a autoria e as qualificadoras do crime, afastando todas as teses defensivas apresentadas.

O homicídio ocorreu em 17 de julho do ano passado. O réu, Othoniel José Pereira foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e por utilizar um recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante o julgamento, foi ressaltado que o Othoniel possui maus antecedentes, incluindo condenações por roubo, tentativa de roubo, apropriação indébita, tráfico e ameaça. A pena foi agravada pelo fato de o crime ter sido praticado contra o próprio irmão.

Segundo a denúncia da 8ª Promotoria de Justiça de Itajaí, o crime teve início com uma discussão entre os irmãos. A vítima (Jonatas José Pereira) reprovava o tratamento que o réu, usuário de drogas, dispensava aos pais. Por volta de uma hora da manhã do dia 17 de julho, na casa do pai dos envolvidos, no bairro Cordeiros, o réu atacou o irmão com uma tesoura, causando ferimentos graves.

Mesmo após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e retornar para casa, a vítima foi surpreendida novamente pelo réu, que se escondia na parte de trás da residência. A vítima tentou fugir, mas foi perseguida de carro pelo réu, que a alcançou e desferiu um golpe de faca. O irmão morreu quatro dias depois no hospital em decorrência dos ferimentos.

Sentimento de Justiça

A sessão do júri foi marcada pela dor da mãe do réu e da vítima, que permaneceu no Salão do Júri até a leitura da sentença pela Juíza da 2ª Vara Criminal de Itajaí. A esposa da vítima, que deixou um filho de um ano e meio, também estava presente.

A Promotora de Justiça Larissa Moreno da Costa expressou satisfação com o resultado, ressaltando a gravidade dos fatos e a resposta adequada dada pelo Conselho de Sentença. “Infelizmente, uma tragédia familiar, mas que recebeu a resposta do Conselho de Sentença e da população de Itajaí. Por isso, o Ministério Público está muito satisfeito com o resultado”, concluiu.

O réu cumprirá a sentença em regime fechado e não terá o direito de recorrer em liberdade.

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