Tribunal do Júri em Blumenau: autor do ataque à Creche Cantinho Bom Pastor enfrenta julgamento
Nesta quinta-feira (29), ocorre um dos júris mais aguardados da comarca de Blumenau, com o julgamento do acusado pelo ataque à Creche Cantinho Bom Pastor em abril do ano passado. O réu, denunciado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado, enfrenta a justiça em um caso que atrai a atenção e mobiliza a comunidade.
A sessão, que será presidida pelo juízo da 2ª Vara Criminal, estava prevista para iniciar às 8h no Fórum Central de Blumenau, sem previsão de término, mas já há um pequeno atras neste início. A mobilização em torno do caso já é significativa, com um esquema de segurança rigoroso implantado nas imediações e no interior do fórum. A Rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, está temporariamente fechada durante o início do júri, sendo reaberta durante o andamento e novamente fechada ao término do julgamento. O acesso ao Tribunal do Júri é restrito aos familiares das vítimas e do réu, com cadastro prévio, e à imprensa, sem a presença de público externo.
Andamento da sessão
O julgamento inicia com o sorteio dos jurados, selecionando sete dos 25 jurados e 15 suplentes previamente sorteados. Seguirá a instrução em plenário com a oitiva de 11 testemunhas e, posteriormente, o interrogatório do réu.
O promotor de justiça terá uma hora e meia para sua explanação, com igual tempo concedido à defesa. O Ministério Público de Santa Catarina poderá ainda apresentar uma réplica de mais uma hora, seguida de uma tréplica da defesa, também com o mesmo tempo. Ao final, a magistrada se reunirá com os jurados, representantes da acusação e da defesa para a votação dos quesitos, que orientarão a elaboração da sentença. O julgamento será finalizado com a leitura da sentença, prevista para ocorrer amanhã, sexta-feira (29).
O crime
O réu é acusado pelo MPSC de quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. As qualificadoras incluem motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos. Devido à presença de menores envolvidos, o processo tramita sob sigilo.
Foto: Wellington Civiero Ferreira / Mesorregional