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Crescem os casos de violência contra médicos em unidades de saúde no Brasil

Dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta semana revelam um cenário alarmante para os profissionais da saúde no Brasil. De acordo com o levantamento, um médico é vítima de algum tipo de violência a cada três horas enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde, seja ele público ou privado. Entre 2013 e 2024, foram contabilizados 38 mil boletins de ocorrência, envolvendo ameaças, injúrias, lesão corporal e difamação contra médicos.

O estudo mostra que o Brasil registra uma média de nove casos diários de violência contra esses profissionais. Em 2023, o recorde histórico foi alcançado, com 3,9 mil ocorrências registradas, sendo que os dados de 2024 ainda estão incompletos.

“O volume crescente de queixas demonstra que a situação está saindo de controle”, alertou o CFM em nota, destacando a necessidade de ações para proteger os médicos no ambiente de trabalho.

Os agressores, na maioria dos casos, são pacientes e familiares. No entanto, o levantamento também aponta atos violentos praticados por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde.

Com a escalada de casos, o CFM emitiu orientações para médicos que enfrentam situações de ameaça ou agressão física. Entre as recomendações estão o registro imediato de boletim de ocorrência e a comunicação às diretorias clínicas e técnicas das unidades de saúde, para garantir que outro médico possa assumir suas atividades, se necessário.

Foto: Cecília Bastos / Usp Imagens

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