Interrupções frequentes no abastecimento de água afetam diversos bairros de Blumenau
A população de Blumenau tem enfrentado dificuldades devido ao desabastecimento de água em várias regiões da cidade, com relatos crescentes sobre a interrupção do serviço. Nos últimos dias, moradores de áreas como Velha Central, Velha, Velha Grande, Fortaleza e até mesmo do bairro Escola Agrícola e Itoupava Central registraram reclamações, sendo as regiões Oeste e Norte as mais afetadas.
Entre os depoimentos recebidos pelo Mesorregional, está o de um morador do Morro do Concórdia, que afirmou que, na última segunda-feira (30), ficou sem abastecimento de água durante todo o dia, com normalização apenas na madrugada seguinte. “Voltou… Mas imagina o que é passar a noite sem um banho e com a pia cheia”, desabafou.
Moradores da Rua Coripós e da Rua Engenheiro Weitnauer, ambas do bairro Escola Agrícola, bairro que fica ao lado da maior Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade relatam que as torneiras estão secas desde o meio da tarde desta quinta-feira (31)
Em resposta, a assessoria do SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) explicou que as interrupções são causadas pela despressurização da rede de água, ligada ao baixo nível de água nos reservatórios que abastecem essas áreas. Segundo o órgão, o abastecimento é restabelecido conforme os níveis dos reservatórios aumentam, permitindo a distribuição regular.
O SAMAE reforçou ainda a importância da instalação de reservatórios de água nas residências, destacando que, conforme o Código de Edificações do Município (artigo 51 da Lei Complementar nº 1.247/2019), a presença de caixas d’água ou outros sistemas de reserva pode ajudar a reduzir o impacto de tais interrupções. “A falta de um sistema de reservação adequada faz com que os moradores sejam diretamente afetados durante qualquer intervenção na rede de abastecimento, seja para manutenção ou melhorias”, explicou a assessoria.
O órgão recomenda que os blumenauenses que ainda não possuem caixa d’água considerem a instalação, não apenas para atender à legislação municipal, mas para garantir maior autonomia e segurança hídrica em casos de imprevistos. Porém o fato é que absolutamente todos os leitores que fizeram contato conosco possuem reservatório e mesmo assim a caixa d’água não tem sido o suficiente para suprir as necessidades básicas.
O Verão sequer chegou e com aumento das temperaturas, chegada de fim de ano, em que muitas pessoas fazem faxinas gerais e que logo chegam férias escolares, certamente o consumo irá aumentar e a situação tente a piorar pelo que já perceptível por conta do que ocorreu nos últimos tempos. Essa piora deve ocorrer pelo menos até a inauguração de uma nova ETA, que já está em fase de obras, mas que certamente não será inaugurada antes do final da estação mais quente.
Além da contração de caminhões-pipas e outras ações paliativas já apresentadas a atual gestão precisa ser mais ousada para a solução do problema de maneira instantânea, um novo decreto para evitar o mal uso por quem está conseguindo receber água e a instalação de reservatórios em pontos mais altos pode continuar sendo algumas dessas alternativas.
Fotos: Especial / Leitores Mesorregional