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Caso de racismo em SC: meninas de colégio particular são apontadas por comentários ofensivos

Um incidente de racismo ocorrido em um colégio particular de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, está repercutindo nas redes sociais e gerando grande comoção. Após uma partida de vôlei entre escolas, dois adolescentes do colégio se envolveram em um episódio lamentável, ao fazerem um comentário racista contra as adversárias. Durante a comemoração das jogadoras adversárias, os jovens filmaram e publicaram nas redes sociais uma mensagem de teor extremamente discriminatório, dizendo: “já são pretos, aí ficam fazendo macaquisse “. O comentário foi rapidamente identificado e o vídeo se deixou pelas plataformas digitais.

Devido à legislação que protege a identidade de menores de idade, as imagens e a voz das envolvidas foram desfocadas na nossa publicação. O Colégio Michel, onde as alunas estudam, emitiu uma nota de repúdio nas redes sociais, repudiando a atitude dos estudantes e destacando que já estão sendo adotadas medidas disciplinares. Na nota, o colégio afirmou que a representação é apenas o primeiro passo e ressaltou que é inaceitável que, em pleno século XXI, ainda ocorrem casos de discriminação racial.

A escola enfatizou a importância de educar para a vida, para que situações como essa não se repitam, e coloca que o tema será tratado nas práticas pedagógicas diárias , incluindo palestras e debates para conscientizar os alunos, responsáveis ​​e colaboradores sobre o problema. Confira a nota na íntegra:

O Colégio Michel, como instituição educacional protetora dos direitos das crianças e adolescentes, que tem como missão “educar com amor para o desenvolvimento integral do ser humano” e como princípio pedagógico “educar para a vida, fazendo com que o estudante se desenvolva em todos os sentidos”, vem a público manifestar seu total repúdio ao lamentável fato ocorrido na data de 11 de novembro de 2024, que envolveu duas de suas estudantes, em um amistoso de voleibol com alunos de outra instituição.
Na ocasião, após o amistoso, uma das alunas envolvidas postou, em sua rede social, um vídeo discriminatório contra alunas da outra escola, proferindo palavras de cunho injurioso e racista.
Tão logo tomou conhecimento do fato ocorrido, o Colégio Michel adotou todas as providências disciplinares cabíveis para com suas alunas, incluindo a retratação formal junto às alunas que foram ofendidas.
Destaca-se que, muito embora, a retratação seja o mínimo a ser feito sobre o caso, ela não resolve o problema dos atos discriminatórios proferidos a quem quer que seja.
É inaceitável que, até os dias atuais, existam casos como o ocorrido. Infelizmente, inferiorizar o outro por conta da cor de sua pele ainda é caso recorrente em nosso país. Assim, o Colégio Michel entende que, não basta apenas punir, mas – e principalmente – conscientizar e educar para que essas situações não mais ocorram.
A escola explora, cotidianamente o assunto a seus alunos, responsáveis e colaboradores, por intermédio de palestras e inserção do tema em suas práticas pedagógicas diárias, reafirmando seu compromisso com uma sociedade livre do preconceito.
Direção Escolar

Projetos e prevenção

Este caso de racismo vem à tona no mesmo momento em que a Câmara dos Deputados aprova o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares por alunos da educação básica, nas escolas públicas e privadas, com o intuito de diminuir a exposição de crianças e adolescentes a conteúdos impróprios e previnem o sofrimento psíquico. O projeto já considera que a educação deve ir além da punição disciplinar e focar também na conscientização e na promoção de valores éticos e de respeito às diferenças .

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