DestaquesEconomia

A 15 dias do fim do prazo, mais da metade dos brasileiros ainda precisam declarar Imposto de Renda

A “máxima” de deixar para última hora pode custar, caso você não consiga enviar a Declaração de Imposto de Renda dentro do prazo estipulado pela Receita Federal do Brasil. A 15 dias do fim do prazo, menos da metade dos contribuintes enviou a declaração de pessoa física. De acordo com a Receita, até as 17h de hoje (15), foram recebidas apenas 13.627.760 declarações, equivalente a 44,7% do esperado para 2019.

O sistema para envio da declaração começou a rodar em 7 de março e vai até as 23h59min59s de 30 de abril, sendo que a expectativa da Receita Federal é receber 30,5 milhões de declarações neste ano.

>> Curta o Notícias Vale do Itajaí no Facebook
>> Siga o Notícias Vale do Itajaí no Twitter
>> Receba em primeira mão nossas notícias via WhatsApp
>> Entre no no canal do Notícias Vale do Itajaí no Telegram
>> Acompanhe o Notícias Vale do Itajaí no Instagram

A declaração pode ser feita gratuitamente de três formas: pelo computador, por celular ou tablet ou por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC). Pelo computador, será utilizado o Programa Gerador da Declaração – PGD IRPF2019, disponível no site da Receita Federal. Também é possível fazer a declaração por meio do aplicativo “Meu Imposto de Renda”, serviço também está disponível no e-CAC no site da Receita, com o uso de certificado digital, e pode ser feito pelo contribuinte ou seu representante com procuração.

Fotos: Jefferson Santos / Notícias Vale do Itajaí

O contribuinte que tiver apresentado a declaração referente ao exercício de 2018, ano-calendário 2017, poderá acessar a Declaração Pré-Preenchida no e-CAC, por meio de certificado digital. Para isso, é preciso que no momento da importação do arquivo, a fonte pagadora ou pessoas jurídicas tenham enviado para a Receita informações relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2019, ano-calendário de 2018, por meio da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed), ou a da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob).

Ainda segundo a Receita, o contribuinte que fez doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos, também poderá utilizar, além do Programa Gerador da Declaração (PGD) IRPF2019, o serviço “Meu Imposto de Renda”.

Para a transmissão da Declaração pelo PGD não é necessário instalar o programa de transmissão Receitanet, uma vez que essa funcionalidade está integrada ao IRPF 2019. Entretanto, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração. 

O serviço Meu Imposto de Renda não pode ser usado em tablets ou smartphones para quem tenha recebido rendimentos superiores a R$ 5 milhões. Órgãos de classe, recomendam a procura de contadores, profissionais qualificados e que entendem sobre todos os detalhes para que além do cliente não cair na malha fica, consiga todas as deduções legais.

Valmir Brolini, da Contagi Consultoria Contábil, de Indaial, que atende clientes de toda a região afirma que o envio de informações incorretas pode gerar problemas ao contribuinte, que além da possibilidade de ter que pagar multa, pode sofrer restrições no CPF. “As pessoa geralmente possuem dificuldades com termos técnicos e que uma informação errada poderá lhe trazer sérias consequências, pois essa declaração poderá cair em malha fina.” comenta o contador.

“Por mais que se tenha boa fé, dependendo da informação equivocada a multa pode chegar a 125% do valor do imposto calculado no documento” frisa Brolini. “Optar pela contratação de um profissional da área contábil, além de não ser caro, certamente garante segurança no momento de atender às obrigações legais” frisa o profissional que já atua na área há mais de 20 anos e atende pelo número 47 98416-8580.

Brolini também alerta sobre deixar não deixar o envio das informações para a última hora “Ter planejamento no prazo de entrega da declaração, é muito importante. Ideal e ter a declaração preparada, pronta o quanto antes, caso deixar para última, poderá ter diversos problemas, como falta de documentos ou ainda entregar a declaração fora do prazo” orienta ele.

Obrigatoriedade

Estará obrigado a apresentar a declaração anual o contribuinte que, no ano-calendário de 2018, recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70. No caso da atividade rural, quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 

Também estão obrigadas a apresentar a declaração pessoas físicas residentes no Brasil que no ano-calendário de 2018: 

– Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; 

– Obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 

– Pretendam compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018; 

– Tiveram, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; 

– Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontravam-se em 31 de dezembro; ou 

– Optaram pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato. 

CPF de dependentes

Neste ano, é obrigatório o preenchimento do número do CPF de dependentes e alimentados residentes no país. A Receita vinha incluindo essa informação gradualmente na declaração. No ano passado, era obrigatório informar CPF para dependentes a partir de 8 anos. 

Dados sobre imóveis e carros

Em 2019, não será obrigatório o preenchimento de informações complementares em Bens e Direitos relacionadas a carros e casas. A previsão inicial da Receita era que essas informações passassem a ser obrigatória neste ano, mas devido à dificuldade de contribuintes de encontrar os dados, o preenchimento complementar não precisa ser feito. 

Desconto simplificado

A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34. 

Deduções

O limite de dedução por contribuição patronal ficou em R$ 1.200,32, devido ao reajuste do salário mínimo. No ano passado, o limite era R$ 1.171,84. Se não houver nova lei, este é o último ano em que há a possibilidade dessa dedução de contribuições pagas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por patrões de empregados domésticos com carteira assinada. Essa medida começou a valer em 2006 para incentivar a formalização dos empregados domésticos. 

A dedução por dependente é de, no máximo, R$ 2.075,08 e, para instrução, de R$ 3.561,50. 

Os contribuintes também podem deduzir valores gastos com saúde, sem limites, como internação, exames, consultas, aparelhos e próteses, e planos de saúde. Nesse caso é preciso ter recibos, notas fiscais e declaração do plano de saúde e informar CPF ou CNPJ de quem recebeu os pagamentos. 

As chamadas doações incentivadas têm o limite de 6% do Imposto de Renda devido. As doações podem ser feitas, por exemplo, aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente, que se enquadram no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a Receita, neste ano o formulário sobre as doações ao ECA vai ficar mais visível. 

Aqueles que contribuem para um plano de previdência complementar – Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) – podem deduzir até o limite de 12% da renda tributável. 

*Com informações da Agência Brasil

error: Conteúdo Protegido !!