A que ponto chega o ser humano? Jovem gestante assassinada em Canelinha para roubo de bebê.
Foi muito mais do que um crime. Um caso que vai muito além dos requintes de crueldade e não cabe sequer ser chamado de barbárie, pois é muito mais grave do que isso. Flavia Godinho Mafra, de 24 anos, que estava no seu 36º mês de gestação foi assassinada para que o bebê que esperava fosse roubado e ficasse de posse uma mulher que fingiu estar grávida. Sim, isso é o que leva a investigação policial, até o momento. A principal suspeita do homicídio é Rozalba Grimm, de 26 anos, amiga da vítima, que confessou o crime para a polícia após ser presa juntamente com um homem de 44 anos, que também é suspeito da participação do fato.
Flavia estava desaparecida deste ontem (27) e seu corpo foi localizado na manhã desta sexta-feira (28) no forno de uma olaria desativada em Canelinha. O bebê, uma menina, foi retirada da barriga da vítima. O casal teria ido até o hospital da cidade, que acionou a Polícia Militar, já que Rozalba ao dar entrada na unidade, informou que sua bolsa gestacional tinha rompido por volta das 17h e, apavorada, ela pediu ajuda a três pessoas, sendo que um delas ajudou no parto. Declaração que levantou suspeita do médico que a atendeu, já que não havia sinais de parto, sendo que o bebê tinha vários cortes pelo corpo.
A recém-nascida foi transferida para o hospital Joana de Gusmão em Florianópolis, acompanhada do suposto pai da criança, sendo que apenas na manhã de hoje a polícia recebeu o comunicado do encontro do corpo de Flávia, no bairro Galera. Com a localização do cadáver a polícia ligou as informações e com o compartilhamento de informações conseguiu preder o casal suspeito do crime, sendo que o falso pai estava tentando retirar a criança do hospital na Capital.
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Tudo foi premeditado. É o que aponta as investigações policiais preliminares, já que Rozalba preparou um falso chá de bebê para Flávia no fim da tarde de ontem, quando o crime foi cometido. Ainda durante a noite, familiares e amigos divulgaram o pedido de socorro para tentar localizar a jovem, o pedido de ajuda da comunidade foi compartilhado nas redes sociais pela própria pessoa, que confessou o crime, mas alegou ao delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva – responsável pelas investigações – também estava grávida, mas que teria perdido o seu bebê há dois meses e que seu companheiro não sabia de toda a situação.
Rozalba ainda teria dito a polícia, com muita tranquilidade, que na olaria deu um golpe com um tijolo na cabeça de Flávia, que caiu e recebeu golpes seguidos, ficando sem chance de defesa. Com a vítima inconsciente, usando um canivete a suspeita do bárbaro crime cortou a barriga da vítima e retirou a criança, lhe conduzindo em seguida para o hospital e ainda compartilhou áudios com conhecidos, contando que teria parido um bebê, mentindo ainda que um bombeiro teria feito seu parto e cortado a criança. Confira o áudio:
Fotos: Reprodução / Redes Sociais