ColunistasDestaques

Afinal, o “Fascismo” é de Direita ou de Esquerda?

Artigo de Thiago Schulze, colunista do Mesorregional:

“O Estado deve abranger tudo, fora dele, valores espirituais ou humanos têm pouco valor”, dizia Mussolini na obra “A Doutrina do Fascismo”, manual ideológico publicado pelo ditador italiano em 1932. Adepto ao liberalismo, discordo de tal aberração afirmativa, mas será que nossos parlamentares também o fazem?

Em 2015 o jornalista Leandro Narloch resolveu testar nossos parlamentares acerca do tema, extraindo frases impactantes da publicação supracitada e questionando, um a um, no total de 60 (sessenta) deputados, sobre sua concordância ou não com as afirmações, sem, no entanto, relatar que se tratavam de citações de um ex-ditador fascista.

Surpresa ou não, os deputados que mais se mostraram favoráveis às afirmações de Mussolini foram: Oziel Oliveira (PDT-BA), Jair Bolsonaro (então no PP-RJ, mas hoje sem partido e atual Presidente da República) e Vander Loubet (PT-MS).

Na Ciência Política tal doutrina está muito mais ligada a posições estatistas de extremos do que a um lado em si, é o culto ao “Estado Máximo”, tentando pretensiosamente conduzir a uma justificativa quimérica de trazer mérito aos menos favorecidos. Ledo engano.

Atualmente a palavra “fascismo” se tornou um termo extremamente pejorativo, cujo significado popular passou a ser unicamente descrever opositores políticos. Fascismo é uma falácia, um sofisma, que não ficou no passado e segue agravado pelo populismo.

Um fascista jamais encontraria conforto em um partido de centro, ainda que levemente inclinado ao lado jacobino ou mesmo o girondino, mas sentir-se-ia muito à vontade em partidos de posições extremistas, pouco importando se a posição ideológica desta grei escolhida é de esquerda ou de direita. Um fracasso premeditado de risco incalculável a qualquer nação democrática.

error: Conteúdo Protegido !!