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Ataques criminosos abalam Grande Florianópolis em meio a disputa entre facções e Estado responde com força

Neste sábado (19), cidades da Grande Florianópolis foram cenário de uma série de incêndios e ataques criminosos, resultado de um conflito entre facções rivais que disputam territórios na capital catarinense. O clima de tensão, que já havia se intensificado na sexta-feira (18) com um tiroteio na região da Vargem Grande, explodiu em atos de vandalismo coordenados que causaram grandes transtornos na região.

Início dos conflitos e motivações

O episódio teve início na madrugada de sexta-feira, quando um homem de 49 anos foi baleado na comunidade do Papaquara, próximo à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Norte da Ilha. O crime foi inicialmente tratado como uma tentativa de homicídio envolvendo facções criminosas, mas a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) inicialmente também não foi descartada pelas autoridades. Após o tiroteio, criminosos incendiaram um veículo durante a fuga. A Polícia Militar prendeu dois suspeitos e apreendeu um menor, junto com drogas, radiocomunicadores e celulares, aumentando a vigilância na área.

Neste sábado pela manhã, um novo tiroteio foi registrado na mesma região. Membros de uma facção criminosa, com origem em Florianópolis, tentaram invadir uma área dominada por uma facção rival. O ataque, que foi uma continuação da tentativa de invasão mal-sucedida da noite anterior, resultou na morte de um indivíduo e na prisão de cinco pessoas. Algumas pessoas fugiram e se esconderam em áreas de mata próximas à comunidade do Papaquara.

Incêndios coordenados e caos urbano

Para facilitar a fuga dos envolvidos, os criminosos coordenaram uma série de incêndios em diferentes pontos da região. O Corpo de Bombeiros Militar registrou pelo menos 16 focos de incêndio ao longo do dia. Os atos de vandalismo ocorreram em várias cidades da mesorregião, como Palhoça, São José e Biguaçu. Os criminosos atearam fogo em barricadas e veículos em importantes rodovias, como a BR-101, provocando bloqueios e causando filas que chegaram a 21 quilômetros de extensão, atingindo até cidades como Porto Belo e Tijucas.

A situação nas vias públicas foi crítica, especialmente no km 161 da BR-101, em Tijucas, onde três veículos foram incendiados, bloqueando completamente a rodovia. Equipes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram deslocadas para controlar os focos de incêndio e liberar as estradas.

Resposta das autoridades

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), emitiram declarações para tranquilizar a população. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Jorginho Mello destacou a atuação firme das forças de segurança do Estado, classificadas como “uma das melhores do país”, e enfatizou que os criminosos não terão espaço para agir impunemente em Santa Catarina.

“Aqui em Santa Catarina, bandido não tem moleza. Nós não vamos permitir nenhum tipo de excesso. Aqui tem disciplina”, afirmou o governador, referindo-se ao fato de que um suspeito foi morto e outros sete foram presos durante as ações de sábado. Dois indivíduos ainda estão foragidos, mas a polícia está intensificando as buscas.

Topázio Neto também se pronunciou nas redes sociais, informando que o policiamento foi reforçado em várias áreas da capital. Policiais de outras regiões e guardas municipais que estavam de folga foram convocados para auxiliar no controle da situação. O prefeito assegurou que todas as medidas estão sendo tomadas em conjunto com o governo estadual para restaurar a ordem e garantir a segurança da população.

Gabinete de crise e paralisação de serviços

Diante dos ataques, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ativou um gabinete de crise, envolvendo a Diretoria de Inteligência, a Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis, e forças especializadas como a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

Com o aumento da violência, a circulação de ônibus foi suspensa em várias áreas da Grande Florianópolis. Empresas de transporte intermunicipal, como Auto Viação Imperatriz, Biguaçu Transportes e Jotur, interromperam suas atividades por questões de segurança. O Consórcio Fênix, responsável pelo transporte público em Florianópolis, também suspendeu temporariamente 15 linhas devido aos incêndios.

Repercussão e o controle da situação

A série de ataques relembra episódios semelhantes ocorridos em agosto deste ano, quando ônibus foram incendiados em Florianópolis após uma tentativa de fuga de uma liderança do tráfico de drogas. Desta vez, os incêndios parecem ter sido usados para desviar a atenção das forças de segurança e facilitar a fuga dos criminosos envolvidos na invasão de territórios no Norte da Ilha.

Apesar dos transtornos, as autoridades garantem que a situação já está sob controle. A Polícia Militar, com o apoio de órgãos de segurança e o reforço de efetivos, continua patrulhando as áreas de maior risco, buscando capturar os suspeitos foragidos e evitar novos incidentes.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que a operação policial continua e que as investigações sobre os ataques avançam, com a expectativa de novas prisões nas próximas horas.

Impacto no trânsito e prejuízos

Além dos incêndios e bloqueios nas rodovias, os atos de vandalismo causaram graves prejuízos ao trânsito e à rotina da população na Grande Florianópolis. As filas na BR-101 se estenderam por mais de 21 quilômetros, chegando ao Litoral Norte de Santa Catarina, afetando o fluxo de veículos nas principais rotas de acesso à capital.

Empresas e moradores da região enfrentam dificuldades com o deslocamento, enquanto as autoridades locais trabalham para restaurar a normalidade nas vias públicas.

Imprensa alternativa se une para cobertura e apoio às forças de segurança

Um grupo de veículos de comunicação, formados por jornalistas independentes se reuniu para realização da cobertura do evento terrorista e enaltecer os trabalhos dos forças de segurança de Santa Catarina, considerado o estado mais seguro do Brasil. Publicamos em nossas redes sociais um conteúdo que demonstrará a união da imprensa catarinense contra a marginalidade.

Além do Mesorregional, o seguintes veículos de comunicação e jornalistas se pronunciarão: William Fritzke, Jornal Razão, Indavirus, Amigos de Criciúma, Olho Vivo Can, Bigua, Linha Verdade, Rádio Clube 88.5 FM, Repórter 98 Canoinhas, Tubarão Bela Santa Catarina, Repórter Sérgio Guimarães, Conexão Geo Clima,
Daniel Fernandes, Marisco News e Clic RR.

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