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Bebianno é exonerado no mesmo dia em que Paulo Bauer recebe cargo de Secretário Especial no Governo Bolsonaro

A crise no governo Bolsonaro envolvendo Gustavo Bebianno Rocha – até ontem secretário-geral da Presidência da República – deu o que falar. Isso porque Bebianno, foi presidente do partido de Jair Bolsonaro, o PSL, e se envolveu num suposto repasse irregular de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha Eleitoral, no que se resume em dinheiro público para bancar candidatas de fachada.

Filhos e pessoas próximas ao presidente da República, de certa forma estimularam a disseminação de informação para que o então secretário perdesse o cargo. Inicialmente a exoneração de Bebianno foi anunciada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, mas momentos depois foi divulgado um vídeo de Bolsonaro sobre o assunto e no material, além de agradecimentos, só coube elogios ao exonerado por parte do presidente.

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No vídeo Bolsonaro, que prometera em campanha eleitoral dar cargos apenas à quem possui capacidade técnica para ocupa-los não deixou claro os motivos da exoneração. Confira o que disse o presidente:

Tucano Paulo Bauer entra para o governo

Também ontem (18) foi publicado no Diário Oficial da União a admissão de Paulo Bauer, ex-senador de Santa Catarina pelo PSDB, como Secretário Especial para o Senado Federal da Casa Civil da Presidência da República, sendo assim a principal pessoa de relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Senado Federal.

Bauer concorreu concorreu à reeleição, mas os eleitores catarinenses permitiu que ele ficasse apenas em quinto lugar no pleito eleitoral do ano passado. Certamente um reflexo da postura e do envolvimento de seu nome em inúmeros casos que vem sendo investigado pela Justiça.

Paulo Bauer já teve o nome citado por diversas vezes nas delações derivadas da Operação Lava Jato, além disso é suspeito de beneficiar empresa através de emenda à Constituição. Também responde à inquérito no Supremo Tribunal Federal por ser supostamente beneficiado com propina de mais de R$ 11 milhões, é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro e caixa dois, ou seja, sua nomeação vai em total desencontro ao que os eleitores pediram através das urnas.

Foto: Roque de Sá / Agência Senando (Arquivo – 04/12/2018 Sessão Deliberativa no Senado)

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