Blumenau implementa investigação social em concursos públicos
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, sancionou neste mês de fevereiro um projeto que introduz um novo critério nos concursos públicos municipais: a “Investigação Social”. A medida será aplicada nos editais de concursos para ingresso nas carreiras municipais de assistência social e educação, bem como nos processos seletivos para contratação temporária nas áreas correspondentes.
A iniciativa da Lei partido do delegado Rodrigo Marchetti, que assumiu por 30 dias como suplente na Câmara de Vereadores em 2023.
Objetivo da Investigação Social:
A Investigação Social visa avaliar diversos aspectos sociais da vida do candidato, incluindo seu perfil psicológico, relacionamentos interpessoais, comportamento social, conduta em atividades anteriores (sejam laborativas ou voluntárias), entre outros. O objetivo é identificar indicativos de inaptidão para o exercício da função pretendida.
Requisitos Adicionais:
Além dos requisitos já previstos em lei, os candidatos deverão passar por exames psicológicos e pela investigação social para serem aprovados no processo seletivo. Essa nova etapa se torna mais uma ferramenta para assegurar que os profissionais selecionados possuam não apenas a qualificação técnica necessária, mas também características comportamentais e sociais alinhadas com os valores e exigências das áreas de assistência social e educação.
Avaliação Integral:
A introdução da Investigação Social representa uma busca por uma avaliação mais integral do candidato, indo além das competências técnicas e acadêmicas. A prefeitura destaca que a medida tem como objetivo garantir que os profissionais escolhidos possuam não apenas a capacidade técnica, mas também um perfil compatível com as demandas sociais e educacionais do município.
A implementação desse novo critério coloca Blumenau como uma das cidades que buscam aprimorar os métodos de seleção de profissionais, visando não apenas a eficiência técnica, mas também a adequação aos princípios e valores das áreas estratégicas para a comunidade.
“A história dessa Lei começa pela infelicidade do ataque registrado em abril do ano passado em uma creche aqui da cidade. Avaliando também outros casos, que envolveram maus professores e outros profissionais dentro do ambiente escolar, que envolvem até violência sexual. Por isso, comecei a pensar em uma rede de proteção para as crianças e impedir que criminosos passem a entrar como profissionais de escola, assim como é feito para quem presta concurso para a polícia.” detalhou Marchetti.
Foto: Jefferson Santos / Mesorregional