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Bolsonaro ordena atraso de números diários do coronavírus para não passar em telejornais

A “perseguição” de Jair Bolsonaro contra a imprensa já beira o ridículo, principalmente com relação a Rede Globo de Televisão. Dessa vez o presidente da República, ordenou atraso nas informações dos números diários de contaminações, óbitos e números de recuperados do novo coronavírus por parte do Ministério da Saúde que diariamente trás os dados em coletivas de imprensa.

Nos últimos dias as autoridades secundárias do Ministério (já que não há ministro na pasta deste o último dia 17) tem atrasado a divulgação dos boletins epidemiológicos e de acordo com o que trouxe Jefferson Santos ontem (04) no #ResumoMesorregional sob suspeita e confirmado hoje (05) pelo jornal Correio Brasiliense o atraso é proposital a mando de Bolsonaro para que telejornais, em especial o Jornal Nacional (Rede Globo) não divulgue os números. Em tese a estratégia é que sejam evitada a divulgação das estatísticas no horário de pico da televisão.

Atualmente o general Eduardo Pazuello, responde interinamente pelo Ministério da Saúde. Ele não tem formação na área e tão pouco experiência no setor e não tem resistido as ordens e interferência do presidente, mesmo que contrarie especialistas e o próprio corpo técnico do Ministério, o que demonstra atitude patética por parte dessas autoridades, ou até mesmo idiotice.

Assim como na época do PT Presidência da República intervêm em ministérios por questões ideológicas

Seja de direita o de esquerda os últimos governos no Brasil de maneira irresponsável agem de forma ideológicas em ministérios. Dessa vez Jair Bolsonaro ordenou que Eduardo Pazuello demitisse funcionários que assinaram nota técnica sobre saúde sexual durante o período de orientação de distanciamento social.

Foram exonerados do Ministério da Saúde Danilo Campos da Luz e Silva, então coordenador de Saúde do Homem, e Flávia Andrade Nunes Fialho, coordenadora de Saúde das Mulheres que orientaram cuidados com saúde sexual durante a pandemia. Ambos os profissionais técnicos, Danilo possui graduação em Fisioterapia e residência e título de Sanitarista. Já Flávia é formada em medicina.

Bolsonaro através do Twitter na última quarta-feira (03) distorceu o documento afirmando que o “Ministério da Saúde segue fielmente a legislação brasileira, bem como não apoia qualquer proposta que vise a legalização do aborto” quando na verdade o documento tratou do tema com muita propriedade reiterando a necessidade da continuidade dos serviços de assistências em “casos de violência sexual e aborto legal” (no caso de mulheres vítimas de estupros) e “abortamento seguro para os casos previstos em lei.”

Foto: Erasmo Salomão / MS

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