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Câncer de Intestino: referência em Santa Catarina, Cepon atende mais de 300 pacientes em 2024

O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto, é uma das doenças mais frequentes no Sul do Brasil, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum na região. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), Santa Catarina deverá registrar cerca de 2.470 novos casos da doença em 2024, com 230 ocorrências previstas apenas em Florianópolis. O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), unidade de referência do Governo do Estado, desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento desses pacientes. De janeiro a agosto de 2024, atendeu 302 pessoas com câncer de intestino, realizou 100 cirurgias e conduziu 445 exames de colonoscopia.

O câncer de intestino geralmente se desenvolve a partir de pólipos benignos no cólon, reto ou ânus. Esses pólipos podem, ao longo do tempo, sofrer alterações genéticas e se transformar em tumores malignos. Por ser uma doença silenciosa no início, a maioria dos casos avança sem sintomas, tornando a detecção precoce essencial. De acordo com o presidente da Fahece, Alvim Lammin, que administra o Cepom em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. Identificar o câncer em estágios iniciais aumenta muito as chances de cura e melhora a qualidade de vida do paciente.

A prevenção desse tipo de câncer se divide em dois níveis. A primária envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, como manter uma alimentação balanceada. Já a prevenção secundária foca na detecção precoce por meio de exames como a colonoscopia, que permite a visualização completa do intestino grosso.

O tratamento

No Cepon, quando um exame de colonoscopia indica uma alteração suspeita no intestino, é realizada uma biópsia para confirmar o diagnóstico de câncer. Caso positivo, o tratamento é iniciado rapidamente. Os sinais de alerta para o câncer de intestino são mudanças nos hábitos intestinais, presença de sangue nas fezes, emagrecimento e anemia sem causa aparente. Em alguns casos, o tumor pode causar uma obstrução ou suboclusão intestinal, resultando em sintomas como náusea, vômito e distensão abdominal. Por isso, é fundamental realizar exames de rastreamento, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos. Dependendo do resultado, o exame deve ser repetido a cada 5 ou 10 anos, explica o coordenador de cirurgia abdominal do Cepon e cirurgião oncológico, Eduardo Zanella.

Foto: Divulgação / Reprodução

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