Chantagem da empresa e inércia do Governo prejudicam trabalhados do SAMU mais uma vez em SC
Sem depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) há meses, férias atrasadas e agora sem o recebimento do 13º Salário. Essa é a situação de uma boa parte dos trabalhadores do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Santa Catarina. Isso pode fazer com que os serviços paralisem, de acordo com alguns trabalhadores.
No Estado o Serviço é realizado através de uma empresa concessionária, responsável por equipamentos e pela contratação de pessoas, que há anos vem sofrendo com descaso da OZZ Saúde, que venceu a última licitação, em que o contrato está se findando juntamente com este final de 2021, algo semelhante ao que ocorreu em 2020.
Além de não fazer o pagamento dos direitos trabalhistas, a empresa ainda age com extremo assédio moral aos trabalhadores, com notificações, suspensão e até ameaça de demissão a quem tiver contato com a imprensa e relatar a realidade desses descasos, motivos pelo quais bons médicos e enfermeiros pediram a conta.
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O Governo do Estado, por sua vez, mesmo sabendo de toda a situação, deixou para lançar o processo licitatório “em cima do laço” o que facilita esse tipo de “chantagem” por parte da OZZ, que foi “defenestrada” até mesmo no Estado do Rio de Janeiro, onde o Ministério Público carioca identificou uma série de irregularidades em um contrato emergencial e a Justiça determinou o cancelamento de pagamentos no ano passado.
Enquanto isso, os profissionais que mais sofreram no período de pandemia, colocando suas vidas em risco para atender a população enferma está sem o mínimo de respaldo, tanto pela empresa que pertence ao milionário Sérgio Esteliodoro Pozzetti, que também já foi destituído de cargo público, quando pela gestão de Carlos Moisés da Silva e André Motta Ribeiro, governador e secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, respectivamente.
Foto: Jefferson Santos / Mesorregional