Cidade italiana bane cigarro e utensílios plásticos
da ANSA
A cidade de Rimini, na região da Emília-Romanha, no norte da Itália, proibirá, a partir do dia 15 de abril, o uso de recipientes plásticos descartáveis e cigarros.
A medida vale por todos os 15 quilômetros de costa adriática e prevê multa de até 50 euros aos infratores. A iniciativa, batizada de “Romagna Plastic Free 2023“, foi promovida pelo Visit Romagna, em acordo com a Prefeitura e com a associação “Basta Plastica in Mare“.
Para a proteção do meio ambiente, Rimini já investiu “200 milhões de euros para reformar as redes de esgoto“, de acordo com o prefeito Andrea Gnassi.
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“Hoje dizemos ‘não’ ao plástico no mar, queremos nos tornar a primeira região e a primeira ‘riviera’ sem plástico”, declarou Gnassi.
Desde 2016, os pescadores locais têm à disposição caixas para depositar resíduos plásticos acidentalmente capturados no mar.
Em breve, haverá quatro barcos da Marinha local para auxiliar a coleta de lixo. Com isso, os caixotes de poliestireno que costumavam ser utilizados para a pesca foram banidos.
As medidas ambientais em Rimini, porém, vão além do mar e das praias: as merendas escolares usarão apenas louças de barro e, há um mês, já foi proibido o uso de confetes plásticos ou plastificados em áreas públicas.
A “revolução” ecológico já contagiou outras estâncias turísticas na Itália. No ano passado, o prefeito das Ilhas Tremiti, Antonio Fentini, ordenou a proibição de pratos descartáveis plásticos na praia, com multas para infratores de 50 a 500 euros.
Plásticos como pratos, copos, canudos, mas também pontas de cigarro e bastões para balões constituem 70% do lixo marinho, uma porcentagem que, nos mares italianos, sobe para 95,7%, sendo 43% apenas no centro e norte do Adriático.
Mais de 300 toneladas foram interceptadas em quatro meses no rio Pó, que desagua no Mar Adriático, através de barreiras flutuantes -porque interceptar o lixo antes de chegar ao mar facilita a reciclagem e limita a poluição-.
As barreiras são um projeto do “Il Po d’AMare”, elaborado pela Fundação para o Desenvolvimento Sustentável e pelo consórcios Corepla (para a recuperação de plásticos) e Castalia (recolha de resíduos flutuantes).