Coletivos de mulheres blumenauenses preparam ações para o dia 8 de março
No dia 7 de março, data que antecede ao Dia Internacional da Mulher, a cidade de Blumenau recebe a Marcha das Mulheres Trabalhadoras, ação que faz parte da programação do coletivo de mulheres 8M, um movimento mundial de luta pelos direitos das mulheres. O evento terá concentração na Praça Dr. Blumenau a partir das 9h da manhã, com saída às 10h.
Vários grupos e organizações da cidade se uniram para integrar o 8M. “Viver com dignidade e liberdade: trabalho, corpo e território”. Esse é o lema do 8M Blumenau neste ano, assim como em outras cidades por todo o Brasil. As mulheres seguem organizadas e cada vez mais fortes para vencer e acabar com todas as violências que as atingem.
O objetivo do 8M é reunir a sociedade e promover debates sobre o assunto. Em Blumenau, as reuniões de organização estão acontecendo desde janeiro e reúnem grupos e entidades municipais que trabalham o ano inteiro pela causa. “O dia 8 de março surgiu como um movimento das mulheres trabalhadoras e nós não podemos nos esquecer disso. Principalmente nesse momento da história em que nossos direitos estão sendo tão atacados, em que a democracia está sendo atacada. E isso atinge as mulheres diretamente”, explica Sandra Tolfo professora e uma das organizadoras em Blumenau.
A primeira ação aconteceu no último domingo (15), durante a Feirinha da Servidão. Lá foi montado um brechó social com peças vindas de arrecadação, além de serem distribuídos materiais de informação sobre o movimento e as ações organizadas na cidade.
O primeiro evento oficial será no dia 29 de fevereiro, no Centro Universitário UniSociesc Blumenau. Serão seis mini-palestras, em formato de estações rápidas e dinâmicas com diferentes temas. O objetivo é que todos os visitantes participem desse diálogo. Esse evento é gratuito e para participar é só se inscrever por meio do link: https://tinyurl.com/docorpoaoterritorio.
A programação conta com diversas ações culturais e sociais em todas as regiões da cidade, incluindo rodas de conversa, atendimentos de saúde, sessões de filmes com debates, intervenções artísticas, além de uma apresentação de uma peça de teatro que contará com intérprete de libras.
Confira a programação completa:
29/02 – sábado – 8h30 às 11h30
Mini palestras “Mulheres: do corpo ao território”
Local: Faculdade UniSociesc
(Saúde e SUS, Violência Doméstica e Feminicídio, Gênero e Diversidade Sexual na Escola, Gênero e Classe, Mulheres e Ciência, Raça e Interseccionalidade)
01/03 – domingo – 15h às 17h
Ação Social e Cultural
Local: Minha Casa Minha Vida – República Argentina
03/03 – terça-feira – 18h30
Ensaio aberto Batucada Feminista
(Preparação para a marcha)
Local: Prainha – Ponta Aguda
03/03 – terça-feira – 19h45 às 20h30
Quiz Show
Local: Pátio da biblioteca da Furb (Campus 1)
04/03 – quarta-feira
Cine Debate do filme: Felicidade por um fio
Local: EBM Alberto Stein (somente para estudantes da escola)
05/03 – quinta-feira – 19h às 21h
Cine Debate do filme: Eu não sou um homem fácil
Local: Sala de Cinema e Vídeo da Furb (Campus 1)
06/03 – sexta-feira – 18h30 às 21h
Performance Medusa Enredada
Local: Auditório da UFSC – Velha
07/03 – sábado – 9h concentração
Marcha das Mulheres Trabalhadoras
Local: Praça Dr. Blumenau
Concentração: 9h – Saída – 10h
07/03 – sábado – 14h às 17h
Ação Social
Serviços de saúde, atividades culturais e rodas de conversa
Local: Praça José Manoel do Nascimento – Boa Vista
08/03 – domingo – 10h às 19h
Ação 8 de Março com Leia Mulheres, Instituto Bia Wachholz e Batucada Feminista
Local: Feirinha da Servidão – Praça da Prefeitura
10/03 – terça-feira – 18h30
Cine Debate do filme: Que Horas ela volta?
Local: Associação de Moradores da Fortaleza
12/03 – quinta-feira – 14h às 17h
Seminário “Convenção 190: por um mundo do trabalho livre de violência e assédio”
Local: Sede do SINTRASEB
Sobre o 8M
O movimento 8M surge em 2016 na Polônia como uma Greve Internacional de Mulheres. Nesse mesmo ano mais de 50 países, incluindo o Brasil, organizaram no dia 08 de março uma Greve das Trabalhadoras. O objetivo é que nesta data as mulheres não façam nada: nem o trabalho produtivo (em seus empregos) nem o reprodutivo (em suas casas – trabalho doméstico ou de cuidado). Um total de 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2017, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Imagem: Divulgação / 8M Blumenau