Combate à Tuberculose: Dia Nacional reforça conscientização e prevenção
A tuberculose permanece um grave problema de saúde pública, sendo a quarta maior causa de mortes por infecção no Brasil, com cerca de 70 mil casos por ano. No Dia Nacional de Combate à Tuberculose, celebrado em 17 de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a cura da doença.
A tuberculose, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, é transmitida pelo ar, por meio de fala, espirros ou tosse de pessoas infectadas. Entre os principais sintomas estão tosse persistente, febre, suor noturno e perda de peso. A vacina BCG, aplicada ao nascimento, é fundamental para prevenir formas graves da doença.
O Brasil está entre os 30 países com maior número de casos de tuberculose, sendo as faixas etárias de 20 a 49 anos as mais atingidas, com predominância em homens (67,3% dos casos). Apesar disso, em 2023, o país alcançou 89% de cobertura de tratamento, o maior índice dos últimos anos, conforme o Relatório Global de Tuberculose 2024.
Em Santa Catarina, foram notificados 2.226 novos casos em 2023, com incidência de 29 casos por 100 mil habitantes. O estado se destaca pela baixa taxa de óbitos (1,08 por 100 mil habitantes) e pela realização de testes de HIV em 80% dos casos, sendo que 13,2% apresentaram coinfecção tuberculose-HIV. Além disso, 28 municípios catarinenses foram reconhecidos por atingir as metas nacionais de diagnóstico, tratamento e prevenção.
O tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), envolve o uso de antibióticos específicos por um período de seis meses a dois anos, dependendo do caso. A SES ressalta a importância do início precoce do tratamento, tanto para evitar complicações quanto para reduzir a transmissão.
A médica infectologista Regina Valim, gerente do GEDIC da SES, destacou: “Temos o compromisso pelo fim da tuberculose. Precisamos fortalecer as políticas de saúde, obter mais investimentos em tecnologia e contar com profissionais comprometidos para alcançar a eliminação da doença como problema de saúde pública”.
Foto: Divulgação / Governo de Santa Catarina