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Copom reduz Selic para 11,75%: o que isso significa para os investidores?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma nova redução na taxa Selic, atingindo 11,75% ao ano após o quarto corte consecutivo. A decisão busca manter a inflação controlada, com o objetivo de garantir que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneça dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O especialista em investimentos Renan Diego destaca que essa redução era esperada pelo mercado, sinalizando uma tendência de queda para 2024. Ele salienta que, com a taxa de inflação em patamares baixos e, em alguns momentos, até deflacionária, manter a Selic acima de 12% ao ano tornava-se desnecessário.

Esse movimento de redução teve início em agosto, quando o Comitê decidiu diminuir a Selic de 13,75% para 13,25%, marcando o primeiro corte após três anos. Desde então, o Copom tem mantido uma trajetória de queda na taxa básica de juros.

Para a analista da Money Wise Research, Cleide Rodrigues, a queda na Selic pode impulsionar setores específicos da economia, como varejo e construção civil, devido à sua relação inversa com o mercado de ações. No entanto, ressalta a importância de escolher empresas com bases sólidas ao investir nesses setores.

Renan Diego reforça a importância de investir em ativos de renda fixa prefixados e renda variável gradualmente, sem retirar toda a reserva da renda fixa de uma vez. Ele destaca a necessidade de buscar mais conhecimento e aconselha a manter a reserva de segurança na renda fixa, independente da taxa Selic.

Segundo Ivan Eugênio, analista da Money Wise Research, os títulos de renda fixa, como CDBs, LCI, LCA, estão pagando cada vez menos, especialmente os pré-fixados e híbridos. Aconselha os investidores a equilibrar suas carteiras considerando seus objetivos e perfil de investimento.

Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

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