Política

Defesa Civil de SC: sai um técnico, entra um político

Santa Catarina viveu momentos de grande tensão durante as enchentes de outubro de 2023, umas das mais severas da história recente do estado, em especial no Alto Vale do Itajaí. O impacto das águas trouxe à tona falhas no sistema de prevenção e na gestão da Defesa Civil, que até então estava sob comando de uma liderança política, o que não soube promover ações rápidas e eficazes em momentos críticos. No entanto, com a nomeação do coronel Fabiano de Souza como secretário de Estado de Proteção e Defesa Civil, a pasta passou a contar com um comando técnico e focado nas necessidades reais da população catarinense.

Fabiano, coronel do Corpo de Bombeiros Militar, é reconhecido por sua vasta experiência em gestão de crises e operações de resgates. Desde que assumiu o cargo, passou a implementar uma série de medidas para garantir que os erros do passado não se repitam. Entre as primeiras ações, está a reavaliação das condições das barragens no estado, com investimentos significativos em manutenção e melhorias nos sistemas de segurança, que garantiram reparos expressivos para prevenção de cheias. O governo estadual, comandado pelo governador Jorginho Mello (PL), tem dado total respaldo a essas ações, reconhecendo que a prevenção é a chave para evitar novos desastres, como o amplo investimento no desassoreamento do rio Itajaí, em Rio do Sul.

Coronel Fabiano e Jorginho Mello – Foto: Roberto Zacarias / Secom GOVSC

Em um movimento decisivo, Fabiano também permitiu a abertura de debates para a criação de um manual de operações para as barragens do estado, com a participação de especialistas da área e instituições técnicas. A ideia é estabelecer diretrizes claras para garantir a segurança das populações que vivem nas proximidades dessas estruturas, especialmente em períodos de fortes chuvas. Outro ponto crucial tem sido o investimento em mecanismos de prevenção climática. Em Ituporanga, a barragem que estava danificada há anos já teve um comporta recolocada em dia. Em José Boiteux, os impasses com a população indígena foi solucionado e com isso também haverá reparo. Esse esforço visa reduzir ao máximo os danos e salvar vidas e patrimônios da população catarinense em caso de novos eventos extremos.

Agora, no início de 2025, o Litoral foi afetado por enxurradas. Cidades como Balneário Camboriú, Itapema, Governador Celso Ramos, Florianópolis, Biguaçu e São José, entre outras foram afetadas e também precisaram de auxílio da Defesa Civil estadual e a resposta foi não somente foi ampla, mas também ágil. Essas ações ressaltam a importância de se ter um profissional técnico à frente da Defesa Civil, alguém com expertise e visão estratégica, em vez de uma liderança política que pode ser limitada por interesses partidários ou administrativos.

O trabalho de Fabiano de Souza e o apoio do governador Jorginho Mello demonstram que, quando a gestão é feita por quem realmente entende do assunto, as chances de salvar vidas e minimizar danos aumentam consideravelmente. A atual condução da Defesa Civil de Santa Catarina é um exemplo claro de como a técnica e a experiência podem fazer a diferença na gestão pública, especialmente em tempos de crise.

Santa Catarina está agora mais preparada para enfrentar os desafios impostos pelas catástrofes naturais, com uma liderança que coloca a segurança e o bem-estar da população em primeiro lugar. Porém nesta quarta-feira (22), durante a entrevista coletiva realizada no Centro de Inovação de Blumenau, por ocasião da abertura das Conferências Microrregionais de Inovação do programa SC Mais Inovação, afirmou que vai “…prestigiar Blumenau”, “vou dar um cargo no primeiro escalão. Vou chamar o prefeito Mário, já acertei isso com o prefeito Egidio, para que ele possa trabalhar nessa área de Proteção e Defesa Civil. É um prefeito que já passou por enchentes, um prefeito experimentado, um homem sério. Ele vai representar o Alto Vale também, mais um, já tem outros, mas especialmente a cidade de Blumenau.” disse o governador.

O fato é que essa escolha parece que é meramente política, por sua clareza. Mário Hildebrandt (PL) foi prefeito por um período de diversas enchentes em Blumenau, porém nenhuma delas de grande magnitude, porém houve diversos decretos de emergência. Ele possui formação técnica em Contabilidade e formação acadêmica em Assistência Social. Foi vereador e secretário Municipal de Assistência Social. A questão é que o para políticos do governo do Estado, a eleição de Egídio Ferrari (PL) para Prefeitura de Blumenau, teve a contribuição do ex-prefeito, porém praticamente não se viu Mário Hildebrandt (PL) nos programas eleitorais de Ferrari. Além disso, está um pouco evidente a tentativa da atual administração descolar de Hildebrandt e mostrar que de fato é uma nova e diferente administração.

Mas tudo parece definido: deve sair alguém definitivamente e comprovadamente técnico da Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil para dar lugar á uma figura Política. Ação que visivelmente preocupa também algumas autoridades, em especial do Alto Vale do Itajaí, que preferem a permanência de Fabiano. Alias os comentários nas redes sociais de notícias já publicadas sobre essa possível mudança, comprovam isso.

Foto em destaque: Jorginho Mello e Mario Hildebrandt (Roberto Zacarias / Secom GOVSC)

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