Delegados de Polícia de SC colocam seus cargos à disposição após prejuízos às suas carreiras
O Mesorregional obteve na noite desta quinta-feira (05), que 86 delegadas e delegados da Polícia Civil colocaram seus cargos à disposição, sendo que desses, 22 são delegados regionais, no qual se incluem o Dr. Fernando de Faveri, da 17ª Delegacia Regional de Polícia, de Brusque, e o Dr. Rodrigo Marchetti, da 3ª Delegacia Regional, de Blumenau, no Vale do Itajaí, que já confirmaram o fato à imprensa.
Todos esses delegados possuem cargos estratégicos na Polícia, sendo que além dos regionais, os titulares de Divisões como a de Investigação Criminal e de Combate à Corrupção também tomaram a mesma atitude, entre outros.
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A decisão também foi anunciada através do Instagram da Associação de Delegados de Polícia (Adepol) de Santa Catarina, com a afirmação que “A falta de empatia do governo do Estado é evidente e, por conta disso, após intensa movimentação envolvendo os associados da Adepol-SC, decidiu-se em assembleia extraordinária uma medida histórica: 86 delegadas e delegados, originários de todas as regiões do estado, entregaram seus cargos estratégicos.”
O descontentamento, que provocou a ação em massa, ocorre por conta da reforma proposta pelo governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), aprovada em primeiro turno ontem (04), na Assembleia Legislativa. A proposta de Moisés, que é bombeiro militar e foi para a reserva aos 47 anos como coronel, tratou de maneira desparelha policiais e bombeiros militares, dos demais servidores de polícia de Santa Catarina, diferente do que ocorreu em todos os outros estados brasileiros.
Os delegados já demonstraram que também repudiaram a atitude da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão, que divulgou campanha de estímulo á reforma da Previdência, proposta pelo governo do estado. Alguns afirmaram que não concederam mais entrevistas às emissoras associadas.
Confira na íntegra a manifestação da Adepol através das redes sociais
Uma instituição de 209 anos de história, com grandes serviços prestados ao povo catarinense, merece respeito e compreensão por parte dos legisladores do Estado. Entretanto, a luta dos policiais civis de Santa Catarina por um projeto previdenciário justo e concordante com as atribuições da categoria da Segurança Pública Civil chegou ao limite.
A falta de empatia do Governo do Estado é evidente, e por conta disso, após intensa movimentação envolvendo os associados da ADEPOL-SC, decidiu-se em assembleia extraordinária uma medida histórica: 86 Delegadas e Delegados, originários de todas as regiões do Estado, entregaram seus cargos estratégicos. Um movimento sem precedentes na história da Segurança Pública Civil de Santa Catarina, que agoniza pela incerteza e pelo total desrespeito dos legisladores do Poder Executivo estadual.
No mais, outros 331 Delegados anunciaram que não irão exercer nenhuma das funções que ficarão em aberto, por também acreditarem na importância da valorização da Polícia Civil de Santa Catarina, reconhecida nacionalmente pelo seu trabalho em defesa da sociedade catarinense.
A luta de Delegadas e Delegados é por dignidade, respeito e justiça previdenciária.
A quem interessa enfraquecer a Polícia Civil de Santa Catarina?
Por nós, por todos!⠀
Foto: Reprodução / Instagram