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Deputados catarinenses defendem retorno às aulas e crédito para educação

Na sessão desta quarta-feira (26) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), os deputados debateram o retorno às aulas no ensino público e privado e a concessão de crédito para as escolas de educação infantil.

Em um apelo à Federação Catarinense de Municípios (Fecam) para que dialogue com os prefeitos para que revejam os decretos que suspenderam as aulas, o Sargento Lima (PSL) pediu pelo retorno do ensino infantil no estado. “Em uma cidade onde tem uma ou duas escolas não se sente o impacto tão forte, em Joinville quase 300 mil pessoas precisam trabalhar e estão enfrentando o problema de onde deixar o filho”, avisou.

A Secretaria de Estado da Educação (SED) tomou uma decisão arbitrária, unilateral, não defendo que todos sejam obrigados a voltar, mas não posso aceitar a decisão que proíbe qualquer um a voltar. Se você se sente inseguro e não quer enviar (o filho para a escola), não envie, mas se a escola quer abrir e os pais decidem enviar os filhos, os pais devem ter a liberdade de enviar”, argumentou Bruno Souza (Novo).

Doutor Vicente Caropreso (PSDB) informou que a Secretaria de Estado da Educação, com a participação da Assembleia e de outras instituições, discute o retorno às aulas para o dia 13 de outubro. O deputado defendeu, ainda, o socorro financeiro às cerca de 800 escolas de educação infantil.

Luciane Carminatti (PT) citou relatório de monitoramento da educação estadual relativo a 2018 e alertou para o déficit de vagas. “Faltam 2,2 mil vagas em creches de zero a três anos; mais de 15 mil crianças de seis a 14 anos não frequentaram o ensino fundamental em 2018; mais de 15 mil adolescentes de 15 a 17 anos não frequentaram a escola; e outros 58 mil não concluíram a educação básica”, relatou a presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, prognosticando que a situação em 2021 será mais complicada, haja vista o aumento do abandono escolar.

Marlene Fengler (PSD) concordou com Carminatti e também defendeu apoio financeiro à educação infantil, além de pedir atenção ao apoio psicológico de alunos e professores no retorno às atividades.


Foto: Bruno Collaço / Agência AL

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