Economia crescerá 1,6% em 2018, prevê Confederação Nacional da Indústria
Estimativas divulgadas hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que a economia brasileira crescerá este ano 1,6%, um crescimento pequeno, mas importando tendo em vista que é um período pós recessão, a maior da história para especialistas.
De acordo com o Informe Conjuntural referente ao segundo trimestre, estudo que traz a revisão de expectativas da entidade para o desempenho da indústria e da economia, a indústria crescerá 1,8%. “Esse ambiente de dúvidas sobre os rumos do País, em virtude do resultado das eleições gerais, da futura política econômica e dos desdobramentos da recente crise nos transportes de carga rodoviária, levou a CNI a reduzir a expectativa de crescimento do PIB.” diz o Informe.
Em relação aos investimentos, eles deverão aumentar 3,5%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 2%. A taxa de desemprego estará estável em 12,45% ao final do ano.
Inflação
Ainda segundo o levantamento, a inflação continuará “baixa, apesar dos aumentos de preços provocados pela greve dos caminhoneiros”, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando o ano em 4,21%. Em abril, a inflação projetada pelo Informe Conjuntural para o ano estava em 3,7%.
A CNI avalia que os juros básicos da economia fecharão o ano em 6,5%. Em abril, a previsão estava em 6,25%. O dólar chegará ao final do ano valendo R$ 3,80, de acordo com o levantamento.
Com relação às contas públicas, a estimativa da entidade é que o governo federal termine 2018 com um déficit primário equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Já a dívida bruta do setor público chegará a 76,3% do PIB.
Ainda dentro das previsões da CNI, o superávit da balança comercial alcançará US$ 62 bilhões, resultado de exportações de US$ 232 bilhões e importações de US$ 170 bilhões.
Foto: Yago Matheus / Ascom Setre (Arquivo NVI)