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Empresa da família Esmeraldino, homem de confiança de Moises, é questionada em licitações no Sul do Estado

Braço direito do candidato do Comandante Moises e uma das grandes apostas da política catarinense, o candidato ao senado pelo PSL, Lucas Esmeraldino, conquistou mais de um milhão (1.161.662) de votos. Vereador e empresário da cidade de Tubarão, Esmeraldino deixou o PSDB, partido pelo qual foi eleito e migrou para PSL, tornando-se presidente estadual em março deste ano. Apesar de não alcançar a vaga no senado – Esmeraldino fez cerca de 13 mil votos a menos que Jorginho Mello (PR) – o jovem faz parte do “núcleo duro” e tem se dedicado integralmente a campanha do correligionário Comandante Moises.

Os conterrâneos de Esmeraldino, no entanto, contestam que o vereador faça parte da chamada “renovação” e apontam o envolvimento em antigas práticas, bastante condenáveis. Denúncias de que a empresa comandada pela família Esmeraldino faça parte de licitações questionadas na justiça e responsável por obras inacabadas tem circulado em toda Região Sul.

UPA que devia ser entregue em 2012 segue com obras paradas

A principal obra citada é a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Tubarão, que iniciou em 2012 e hoje, seis anos depois, ainda não foi concluída. A empresa Souza e Esmeraldino foi a vencedora da licitação para realizar a obra orçada em R$ 3,6 milhões, financiada com recursos do Governo do Estado, da Prefeitura e do Governo Federal.

O novo espaço absorveria cerca de 80% do movimento da emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição, o equivalente a cerca de 250 atendimentos por dia. A UPA 24h teria seis leitos – com possibilidade de ampliação para oito – e realizaria serviços de pronto atendimento, incluindo desde serviços considerados menos graves até pequenas cirurgias.

 

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A obra deveria ser entregue em até 12 meses, mas as dificuldades começaram ainda antes da ordem de serviço ser assinada, quando integrantes da Caixa Econômica Federal (CEF) apontaram irregularidades em alguns pontos do edital de licitação, fazendo com que o Ministério da Saúde, que havia se comprometido com investimentos de R$ 1 milhão, desistisse do financiamento.

Em 2018, seis anos após o começo das obras e com menos de 60% dos trabalhos concluídos, a UPA segue fechada, sem qualquer tipo de atendimento ao público. Não há previsão de término das obras e parte do dinheiro destinado, que fazia parte do financiamento junto ao Governo Federal, precisou ser devolvido à União.

Obra da ETA também aguarda aditivos

Outra obra polêmica acontece na Estação de Tratamento de Água de Tubarão. O contrato, firmado em 2012, previa a construção de um muro de arrimo para contenção do terreno da ETA, orçada em R$ 600 mil.

Seis anos depois, a obra, segue aguardando a concessão de aditivos, ou seja, a revisão e ampliação dos valores já pagos para a execução das obras, que são discutidos judicialmente.

 

Foto: Priscila Ladislau / PMT

 

 

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