Estímulo precoce, mesmo antes do diagnóstico de TEA, garante qualidade de vida no futuro
Uma pesquisa, realizada na Austrália, e publicada em setembro de 2021, na JAMA (Revista da American Medical Association) reforça a necessidade de oferecer estímulos o mais cedo possível para crianças que os pais suspeitam que sejam portadoras do Transtorno de Espectro Autista (TEA). “Se os pais observarem qualquer sinal de atraso no desenvolvimento, devem procurar a ajuda de um especialista para estimular a criança. Mesmo antes do diagnóstico de Autismo”, explica a neuropsicóloga da Clínica Integrar, Isabela Meirinho.
O estudo baseia-se na ideia de que as intervenções geralmente só têm início após o diagnóstico. “Entretanto, ao iniciar precocemente, até mesmo em bebês de seis meses, é possível oferecer uma melhor qualidade de vida para a criança, contribuindo para aprimorar o desenvolvimento, afirma.
Existem marcos no desenvolvimento infantil. Por exemplo, é esperado que um bebê de 2 meses apresente sorriso social, que um de 6 meses já sente sozinho e um de 9 meses comece a querer engatinhar, enquanto que um de 12 meses já esteja acenando para as pessoas. “Claro que algumas crianças têm um tempo diferenciado. Mas esses são sinais gerais”, conta.
Mesmo diante de estudos que sublinham os benefícios significativos da intervenção precoce, conduzida por uma equipe de especialistas dedicada a compreender a criança de maneira integral, permanece o fato de que alguns indivíduos com autismo podem enfrentar desafios singulares em seu desenvolvimento, especialmente no que se refere à comunicação e interação social. A intervenção precoce se destaca por sua capacidade de moldar positivamente o desenvolvimento da criança, mas é crucial reconhecer que, para algumas crianças, os progressos podem se manifestar de formas não convencionais.
Nesses casos, a importância de estratégias adaptativas se torna evidente. Ferramentas tecnológicas, como sistemas de comunicação, e métodos alternativos de comunicação, incluindo gestos, emergem como recursos valiosos que possibilitam aos indivíduos com autismo expressar seus pensamentos e necessidades de maneira eficaz. Isabela ressalta a importância de identificar e nutrir um método de comunicação que respeite as capacidades e limitações únicas de cada criança, promovendo assim uma maior inclusão e entendimento dentro de seu ambiente social e familiar. “Este enfoque individualizado enfatiza não apenas a adaptação às necessidades específicas da criança, mas também o reconhecimento de seu potencial único de contribuir e participar de maneira significativa em sua comunidade”, explica Samira Friese, fonoaudióloga da Clínica.
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