Estudantes de RS desenvolvem copo capaz de identificar droga GHB ‘Boa Noite, Cinderela’
Quatro alunas do colégio SESI Gravataí, no Rio Grande do Sul (RS), desenvolveram um copo com reagente químico capaz de identificar a presença do Ácido Gama Hidroxibutírico (GHB), droga mais conhecida como “Boa Noite, Cinderela”. Ele tem ação anestésica e sedativa, pode ser encontrado sob forma de líquido, é incolor e não tem cheiro. No mundo, a substância é classificada como “droga do estupro”, por ser misturada na bebida de pessoas com o intuito de dopá-las.
Natally Souza, 16, Giovanna Freitas, Giovanna Moraes e Nicolli Marques, de 17 anos, utilizaram o reagente colorimétrico dragerndorff, que ao entrar em contato com a outra substância, faz com que o copo mude para uma cor avermelhada, alertando sobre o envenenamento.
“Durante as nossas pesquisas, a gente percebeu que tinha um grande uso de entorpecentes utilizados em festas para deixar as pessoas dopadas e serem vulneráveis a sequestros, roubos, assaltos e abusos sexuais”, contam as alunas.
O projeto é inédito no Brasil, mas há também outras propostas de identificação da droga em bebidas. A base sólida do corpo, feita de propileno, comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.
“Nossa maior dificuldade no momento é produzir essa base sólida. Nós já temos o reagente que usaríamos, porém como todos os outros reagentes colorimétricos, ele também é tóxico e a gente tá trabalhando de uma maneira que isso não intoxique uma pessoa ao ser utilizada”, explicam.
A pesquisa deve ser concluída até o ano que vem, quando as meninas devem se formar no no ensino médio. Elas também buscam um patrocinador que possa oferecer um laboratório para os experimentos. Atualmente, os testes ocorrem na escola, com a ajuda de professores – elas recebem um auxílio financeiro de outro patrocinador.
As meninas apresentaram o projeto no Sesi com Ciência, um dos maiores eventos de educação do estado do Rio Grande do Sul, no início de outubro de 2022.
Fontes: CNN Brasil e Razões para acreditar.
Foto: Arquivo pessoal.