Fecomércio: Copa do Mundo deve turbinar vendas do comércio e serviços em SC
As festas de outubro já estão chegando ao fim. Entretanto, antes de colocar a decoração de Natal, vitrines, ruas e fachadas vão ganhar os tons verde e amarelo para a Copa do Mundo de 2022. O evento que começa no dia 20 de novembro, no Catar, deve movimentar cerca de R$ 1,48 bilhão no Brasil, conforme previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As cifras podem chegar a 91 milhões em Santa Catarina. A estimativa cruza uma série de indicadores, entre eles dados do mercado de trabalho, crédito e volume de vendas.
A projeção nacional está 7,9% acima do volume registrado na Copa de 2018 (1,37 bi). Os segmentos de móveis e eletrodomésticos, seguido por eletroeletrônicos e artigos pessoais, devem puxar as vendas do varejo, a expectativa de faturamento é de R$ 535 milhões e R$ 332,6 milhões, respectivamente.
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Em setembro, as pesquisas por smart TVs em lojas online cresceram 6,7% em comparação a agosto. Nas Copas anteriores, a alta foi de 5,3% (2018) e 6,3% (2014). A importação de aparelhos no terceiro trimestre deste ano mais que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado – foram USD 2,41 milhões. A queda nos preços (- 3,2% de janeiro a agosto, segundo IPCA) e a Black Friday devem levar os consumidores às lojas em novembro e dezembro.
Os três estados que devem apresentar o maior volume de vendas estão na Região Sudeste: São Paulo, com estimativa de R$ 516,7 milhões, Minas Gerais, com volume previsto de R$ 141,2 milhões, e Rio de Janeiro, onde devem ser movimentados R$ 139,8 milhões.
Metodologia
A estimativa realizada pela CNC é baseada em um modelo estatístico para a previsão de vendas, que leva em consideração dados referentes ao mercado de trabalho, acesso do crédito e preços como variáveis explicativas. Por outro lado, inclui as estatísticas da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (PMC) relacionadas ao volume de vendas e as receitas como variável explicada. Além disso, a modelagem pode ser testada nos dados econômicos disponíveis para as duas últimas Copas, o que permitiu a geração de expectativas de faturamento do varejo com maior qualidade de ajuste.