Fevereiro Roxo e Laranja: campanhas alertam para doenças crônicas
Fevereiro marca duas campanhas importantes para a saúde pública no Brasil: o Fevereiro Roxo, dedicado à conscientização sobre lúpus, fibromialgia e Alzheimer, e o Fevereiro Laranja, que alerta para a leucemia e incentiva a doação de medula óssea. Essas ações têm sido fundamentais para a identificação precoce das doenças e o aumento do número de doadores, beneficiando milhares de brasileiros.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2024, houve um aumento de 8% no diagnóstico precoce de doenças autoimunes e neurodegenerativas, comparado ao ano anterior. Além disso, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) registrou um crescimento de 6% no número de novos cadastros, reforçando a mobilização nacional.
O professor Matheus Todt Aragão, especialista em infectologia, destaca a relevância dessas campanhas. “O Fevereiro Roxo e Laranja têm um papel essencial na educação da sociedade sobre doenças crônicas e na quebra de estigmas, garantindo acesso a tratamento e suporte adequado para os pacientes”, afirma.
Doenças e desafios enfrentados
Lúpus: Doença autoimune que pode afetar pele, articulações, rins e pulmões, causando dores articulares, fadiga e inflamações crônicas. Sem cura, mas controlável com tratamento adequado.
Fibromialgia: Condição que provoca dores musculares intensas, além de fadiga e distúrbios do sono. Exige um diagnóstico preciso e estratégias terapêuticas individualizadas.
Alzheimer: Doença neurodegenerativa progressiva, responsável pela maioria dos casos de demência no mundo. O diagnóstico precoce e suporte familiar são fundamentais para o manejo da condição.
Leucemia: Tipo de câncer no sangue e na medula óssea, que pode provocar anemia, infecções frequentes e cansaço extremo. A doação de medula óssea é uma das principais formas de tratamento.
A importância da doação de medula óssea
O Fevereiro Laranja reforça a necessidade do aumento no número de doadores cadastrados no REDOME, essencial para salvar vidas. “A mobilização nacional tem sido um diferencial para ampliar o acesso aos transplantes e oferecer esperança a milhares de pacientes que aguardam na fila”, ressalta Aragão.
Atividades e engajamento social
As campanhas incluem palestras, mutirões de saúde, distribuição de materiais educativos e parcerias com associações de pacientes. Instituições como a Universidade Tiradentes promovem workshops e avaliações clínicas gratuitas, contribuindo para a disseminação da informação e a conscientização.
Estudos da Sociedade Brasileira de Reumatologia indicam que 62% dos pacientes com doenças crônicas percebem maior aceitação social devido às campanhas. Já a Associação Brasileira de Alzheimer registrou um aumento de 12% nas iniciativas comunitárias voltadas às famílias de pacientes.
Imagem: Reprodução / Cetene