FIESC alerta para a situação crítica dos portos catarinenses
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) enviou um ofício ao vice-presidente da República e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira, dia 9, destacando a situação crítica enfrentada pelos portos catarinenses. No documento, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, solicita uma reunião emergencial com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e o Ministério dos Portos para discutir soluções para os desafios enfrentados.
Aguiar ressalta que a dificuldade para embarcar e desembarcar mercadorias nos portos do estado está afetando não apenas a cadeia logística local, mas também as operações de comércio exterior em nível nacional. Diversos fatores contribuem para essa situação preocupante, como o fechamento do canal da Barra do Rio Itajaí-Açu devido às chuvas, a paralisação das operações no Porto de Itajaí por mais de um ano e as obras de ampliação nos Portos de Navegantes e Itapoá.
No ofício, a FIESC destaca quatro principais preocupações:
- A operação padrão em curso pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde fevereiro deste ano, que compromete as operações portuárias, gerando custos adicionais e dificultando o cumprimento de contratos internacionais.
- A dificuldade enfrentada pela Autoridade Portuária do Porto de Itajaí em atender os parâmetros mínimos de navegação, incluindo a dragagem de manutenção, essenciais para as operações em um dos complexos portuários mais importantes da América do Sul.
- A paralisação das operações no Porto de Itajaí há mais de um ano, sem perspectiva de solução no curto prazo, contribuindo ainda mais para o cenário preocupante.
- A necessidade de adequação do calado na Baía da Babitonga e no Rio Itajaí-Açu para operação de navios de maior porte, especialmente em meio aos planos de expansão e melhorias previstos.
Aguiar ressalta que essas demandas não se limitam a questões regionais, mas têm impacto nacional, afetando a competitividade do Brasil no mercado internacional. Portanto, ele enfatiza a urgência de tratar o assunto como uma questão emergencial.
Foto: Eduardo Valente / Divulgação