fizer pede aprovação para uso de pílula anti-Covid
A farmacêutica americana Pfizer pediu nesta terça-feira (16) à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos autorização para o uso emergencial de sua pílula anti-Covid.
“Há uma necessidade urgente de opções de tratamento que salvem vidas. A eficácia mostrada em estudos clínicos recentes de Paxlovid destaca o papel essencial que as terapias antivirais orais podem desempenhar na batalha contra a Covid”, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla, em nota.
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Laboratório também fechou acordo para versões genéricas de pílula
A farmacêutica também anunciou nesta terça-feira (16) um acordo de licença voluntária que permite a fabricação e o fornecimento de genéricos de seu comprimido para a Covid-19.
O tratado foi firmado com o Pool de Patentes de Medicamentos, uma organização pública de saúde apoiada pela ONU, e expandirá o acesso à pílula antiviral nos países em desenvolvimento.
Com a medida, os fabricantes de medicamentos genéricos serão capazes de produzir o remédio antes da aprovação das autoridades sanitárias, para acelerar o fornecimento a pelo menos 95 países de baixa e média renda. O medicamento ainda aguarda a autorização de reguladores.
O Brasil, entretanto, não está incluído na lista e terá que comprar a pílula diretamente da Pfizer, provavelmente a preços mais altos do que os das versões genéricas.
Além da nação liderada por Jair Bolsonaro, outros países como Líbia, China, Cuba, Iraque, Rússia e Jamaica também foram excluídos do contrato.
Este é o primeiro acordo feito pela farmacêutica americana para o compartilhamento de tecnologia de um produto anti-Covid. Desta forma, fabricantes genéricos têm até 6 de dezembro para demonstrar interesse em fabricar o remédio.
Segundo o acordo, a Pfizer não receberá royalties – espécie de “direito autoral” – sobre as vendas nos países mais pobres e renunciará a eles nas vendas em todos os países que estão no trato, durante todo o tempo que a Covid-19 provocar uma emergência de saúde pública.
O medicamento da Pfizer reduziu internações e mortes em 89% em um grande estudo com pacientes de alto risco, disse a empresa recentemente. A Pfizer entrou com pedido de autorização emergencial nos Estados Unidos e planeja obter autorizações em outros países em breve.
Foto: Divulgação / Mike Ramírez