Gastão Filho entra com pedido de HC no TJSC e família Prestini contrata escritórios renomados de SP
O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho, juntamente com as advogadas Nicoli Moré Bertotti, Marina Casagrande Carioni e Mayara de Andrade Bezerra entraram no Tribunal de Justiça de Santa Catarinacom um pedido de Habeas Corpus (HC), na tentativa de conquistarem a liberdade de Evanio Wylyan Prestini, de 32 anos, envolvido num grave acidente no último sábado (23) na BR-470, em Gaspar, quando conduzia um Jaguar F-Pace, embriagado, de acordo com as autoridades.
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Prestini foi preso em flagrante, com a comprovação da embriaguez através do teste de bafômetro, que resultou em 0,72 miligramas de álcool por litro de ar expelido. No dia seguinte, ele foi submetido à audiência de custódia, sendo que o delegado e o promotor plantonista solicitação a prisão preventiva do envolvido, uma vez que duas moças que eram ocupantes de um Fiat Pálio perderam a vida por conta da colisão, outras três ficaram feridas. A juíza de plantão acabou decretando a prisão preventiva e o acusado foi encaminhado ao Presídio Regional de Blumenau.
No decorrer da semana o escritório Gastão Filho solicitou a revogação da prisão preventiva, porém a juíza Camila Murara Nicoletti da Comarca de Gaspar negou a soltura, levando em consideração o dano que o motorista ao conduzir um veículo sob efeito de álcool, causou às famílias da vítimas e a sociedade, considerando ainda que Evanio já se envolveu em outro acidente e tem diversas infrações de trânsito em sua Carteira Nacional de Habilitação.
No HC, Gastão e suas sócias voltam a citar a presunção de inocência de que seu cliente tem direito. Ele afirmam que a manutenção da prisão do motorista é uma medida extrema “tendo como plano de fundo o clamor social” que por sua vez “não pode transformar a prisão em punição antecipada, pois, na essência, é predicado de cunho acautelatório” se referindo a suposta necessidade de custódia de Prestini, relando ainda que o clamor popular legitimou a “maior injustiça que a história registra” ao lembrar que Jesus Cristo foi crucificado enquanto um ladrão foi solto.
A defesa ainda voltou a dizer que seu cliente “é um jovem que por uma infelicidade do destino se envolveu numa fatalidade, tendo que conviver com o manto da culpa de ter ceifado a vida de duas jovens e colocado em risco a vida das outras três.” A questão da quantidade de multas do preso, a defensa se referiu ao período entre 2014 e 2018, em que há três infrações por ano, o que estaria abaixo da média dos motoristas brasileiros.
A análise do HC ficará a cargo do desembargador Alexandre d’Ivanenko, da quarta vara criminal.
Novos escritórios de advogados é contratado
O escritório de Gastão Filho é sem dúvida um dos mais renomados do sul do país, mesmo assim a família Pristini, dona de empresas localizadas na região norte de Santa Catarina resolveu contratar advogados dos escritórios Bulhões & Advogados Associados e Sociedade de Advogados Porciúncula, Advocacia & Consultoria, ambos de São Paulo.
Antonio Nabor Areias Bulhões com registro na Ordem dos Advogados (OAB) do Distrito Federal e Igor Marques Pontes de São Paulo, além de José Carlos Porciúncula (OAB/DF), foram substabelecidos hoje no processo.
Enquanto Bulhões já atendeu clientes como Marcelo Odrebecht, na Operação Lava Jato, o ex-presidente da República Fernando Collor, o empresário Paulo César Farias e o terrorista italiano Cesare Battisti, por sua vez, Porciúncula tem como cliente o senador Renan Calheiros.
Foto: Jefferson Santos / Notícias Vale do Itajaí (Arquivo)