Grupo Almeida Júnior recebe notificação da Justiça e multa diária de R$ 500 mil poderá ser aplicada caso promova aglomeração de pessoas em shopping
A cena quase que cinematográfica promovida pelo Grupo Almeida Júnior em shoppings como o Neumarkt e do Balneário Camboriú foi mais uma daquelas ações conhecidas popularmente como “tiro no pé” já o exibicionismo do ato irresponsável na reabertura dos centros comerciais do grupo rendeu grandes repercussões e foi parar no Poder Judiciário.
Através de uma ação civil pública, a Defensoria Pública de Santa Catarina obteve uma tutela em regime de urgência obriga a adoção de medidas para garantir o distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas que transitam no estabelecimento, além de limitar o número de pessoas e proibir a apresentação de shows de qualquer espécie, sob pena de multa de R$ 500.000,00 por dia de descumprimento.
Da decisão proferida pelo juiz de direito Frederico Andrade Siege, o Neumarkt Shopping pode até recorrer, mas a péssima impressão deixada com a atitude não será fácil de apagar, já que a repercussão da atitude que vai na contramão de todas as orientações relacionados ao tempo de pandemia de coronavírus ultrapassou todas as barreiras, sendo um dos motivos mais comentados nas redes sociais e na imprensa de todo o Brasil no dia de ontem (22).
Além do Shopping ter que cumprir as medidas judiciais o magistrado também determinou intimação da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar “para auxiliar na fiscalização das medidas de segurança à saúde pública” além de impetrar o prazo de cinco dias para que a Vigilância Sanitária comprove abertura de procedimento administrativo contra os requeridos para verificação da infração sanitária.
Grupo Almeida Júnior já se envolveu em outra polêmica em tempos de distanciamento social
Enquanto medidas de distanciamento social com a inclusão do fechamento de Shoppings através do governo do Estado, o grupo que detém a propriedade de seis grandes shoppings em Santa Catarina (Blumenau, Balneário Camboriú, Florianópolis, Joinville e Criciúma) já se envolveu em outras polêmicas.
Inicialmente um nota foi disparada uma nota com críticas ferrenhas a prefeitos e ao governador Carlos Moisés da Silva por conta da determinação do fechamentos de centros comerciais de todas as proporções. Logo após, o grupo emitiu um outro comunicado em que a população entendeu que o Almeida Júnior estava oferecendo alguns respiradores mecânicos para hospitais públicos como moeda de troca para que o governo autorizasse a abertura de seus estabelecimentos.
Almeida Júnior até emitiu um outro comunicado afirmando que a oferta de respiradores para o Governo de Santa Catarina não estaria condicionada à reabertura dos seus shoppings, informando que lamentava o mal entendido e que a empresa estaria comprometida em atenuar o impacto da pandemia de coronavírus em parceria com as autoridades, porém as cenas divulgadas nesta quarta-feira (22) contraria essa explicação claramente, já que até mesmo decisão judicial com multa pesada, foi aplicada, tendo em vista que a preservação pela vida deve sempre estar acima de tudo.
Postura aparenta ter mudado
No fim da manhã desta quinta-feira (23) pouco antes do horário da abertura do Shopping Neumarket, o Mesorregional esteve no estabelecimento, onde haviam poucos carros estacionados e funcionários de logistas e do próprio condomínio só entravam mediante a higienização das mãos com álcool em gel e com medição da temperatura corporal, por um profissional de segurança.