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Hospital Santa Isabel de Blumenau chega na marca de 200 transplantes de córneas

A visão é uma das principais conexões com o mundo. É através do olhar que recebemos informações e interagimos com o ambiente ao nosso redor. Só que algumas pessoas podem desenvolver doenças ao longo da vida, condições que afetam as córneas e podem perder parcialmente ou completamente a capacidade de enxergar. O Hospital Santa Isabel, em Blumenau, atingiu a marca de 200 transplantes de córneas. O serviço representa não só procedimentos cirúrgicos essenciais, mas histórias de pacientes que tiveram novamente a visão.

A córnea é a camada transparente na parte da frente dos olhos, que ajuda a focar a luz e proteger. Algumas doenças, infecções e lesões podem danificar esse tecido e aí que pode surgir a necessidade de um transplante. De acordo com o Dr. Rodrigo Thiesen Muller, Médico Oftalmologista especialista em Córnea e Cirurgia Refrativa, as principais indicações de transplante de córnea são aquelas que geram alteração na transparência ou na regularidade do tecido, como por exemplo ceratocone, cicatrizes corneanas ou patologias hereditárias. Este procedimento pode restaurar a visão do paciente e recuperar a qualidade de vida. Aqui em Blumenau, as córneas passam por avaliações quando retiradas do doador e vão para a central de Banco de Olhos, antes de qualquer cirurgia.

“O paciente vai receber o tecido de uma pessoa que não tinha nenhuma condição ocular que afete a córnea, com contagem celular adequada, viável para entregar boa visão para quem vai receber”, afirma o especialista. Além disso, o transplante de córneas tem alta taxa de sucesso e é considerado seguro e eficaz na maioria dos casos. “O procedimento pode ser feito nos dois olhos, mas não ao mesmo tempo. Existem pacientes que possuem os dois olhos transplantados. O ideal é que se aguarde alguns meses para um novo transplante para evitar intercorrência, como a rejeição do tecido transplantado. Mas, de modo geral, a córnea é um tecido que não possui vasos sanguíneos e isso diminui muito a resposta imunológica. Com isso, a taxa de rejeição de um transplante de órgãos é muito menor quando comparada com outros órgãos”, afirma.

Foto: Divulgação / Hospital Santa Isabel

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