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Médico Marcelo Queiroga é o 4º ministro da Saúde no decorrer da pandemia no Brasil

Nenhum outro país no mundo trocou tanto de ministro da saúde como o Brasil no período de um ano, em meio a pandemia gerada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) e hoje (16) tomou posse a quarta pessoa a comandar da pasta no governo de Jair Bolsonaro. O médico Marcelo Queiroga, natural de João Pessoal/PB, formado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e especialista em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, substituirá o general intendente do Exército, Eduardo Pazuello.

Antes de Pazuello – único que não possuía experiência alguma em saúde – já passaram pelo cargo Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Tanto Mandetta, quanto Teich são médicos, mas saíram do cargo por não aceitarem imposições do presidente da República, que sempre se posicionou contrário ao isolamento social de maneira ampla e insistentemente se manifesta favorável ao tratamento precoce com uso de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina por infectados pelo vírus, protocolo que não possui comprovação científica e que não é recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

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Queiroga, que tem como área de atuação a hemodinâmica e cardiologia intervencionista e atualmente preside a Sociedade Brasileira de Cardiologia, chega ao Ministério no pior momento da pandemia no Brasil, que até o momento já registrou cerca de 280 mil óbitos causados pela Covid-19, sendo que nos últimos dois meses tem a maior média de mortes, com número superior a mil mortes diárias. 

Pazuello dá tchau respondendo a inquérito

O general Eduardo Pazuello responde a um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta negligência por conta da pauta de oxigênio no estado da Amazônia, quando houve o pico de número de casos de Covid-19 e que pessoas acabaram morrendo por falta de insumos.

Com sua saída do Ministério, Pazuello perde o foro privilegiado e com isso o inquérito que está sob investigação da Polícia Federal, será remetido à primeira instância, a não ser que ocupe outro cargo no primeiro escalão do governo federal, mas a tendência é o processo vá para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Foto: Aurélio Pereira / MS

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