Mercado aumenta projeção da inflação e diminui expectativa de crescimento do Brasil
Os economistas do mercado financeiro subiram pela 28ª semana consecutiva a projeção para a inflação de 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,59% para 8,69% – o que representa um avanço de 0,10 ponto percentual frente à leitura anterior.
Para 2022, a estimativa subiu em 0,01 ponto percentual, de 4,17% para 4,18%, sendo a 13ª alta seguida. Os dados são do Boletim Focus, divulgado hoje (18), pelo Banco Central (BC), e que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
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Vale lembrar que a meta de inflação de 2021 a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Contudo, a autarquia já deixou claro, em seu relatório trimestral de inflação, que a probabilidade de o indicador ultrapassar a meta imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 100%.
Produto Interno Bruno (PIB)
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – que O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia – de 2021 caiu de 5,04% para 5,01%. Para o próximo ano, o mercado também diminuiu a expectativa de 1,54% para 1,50%.
Taxa Selic
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, os analistas mantiveram as projeções de 2021 e de 2022 em 8,25% e 8,75% ao ano, respectivamente.
Recentemente, em 22 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano. Desde março, a autarquia vem aumentando a Selic como forma de combater a alta da inflação.
Câmbio
Em relação ao câmbio, os analistas mantiveram a previsão de R$ 5,25 para este ano. Para 2022, o mercado manteve a estimativa do dólar em R$ 5,25.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens