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Motorista que atropelou e matou adolescente em Blumenau estava com droga na carteira

A prisão em flagrante de Eriks Douglas, que atropelou e matou o adolescente Eduardo Henrique Santos Gomes, de 14 anos, foi convertida em prisão preventiva após audiência de custódia presidida pela juíza de plantão Camila Murara Nicoletti. O incidente ocorreu na noite de sábado (20) na Rua Frei Estanislau Schaette, em Blumenau.

Eduardo estava voltando para casa após jogar bola com amigos no Parque Ramiro Ruediguer quando foi violentamente atingido por um VW Nivus enquanto atravessava a rua na faixa de pedestres. O motorista fugiu sem prestar socorro.

Após o atropelamento, Erikis Douglas fugiu para a casa de sua tia no bairro Passo Manso, onde deixou o carro e pegou uma moto para ir até a casa de amigas no bairro Escola Agrícola. Planejava ir para Balneário Camboriú, mas ao saber que a Polícia Militar estava indo para o local, tentou fugir a pé. Durante a abordagem, a Polícia Militar encontrou comprimidos de ecstasy na carteira do suspeito.

Apesar de estar com os dois comprimentos da droga, Eriks informou que não é usuário de droga. Disse que possui emprego formal e também é pai de um menino de 7 anos.

Confissão e Audiência de Custódia

Em seu depoimento, Eriks Douglas admitiu ter bebido antes de dirigir e que estava ciente de que atropelou pessoas e estava acima da velocidade permitida na via. “Um segundo que eu fui olhar pro som, quando eu olhei para frente eles estavam na minha frente, não deu tempo de frear, não deu tempo de nada… Estava acima de 60/70/80 km/h,” disse Eriks. Essas informações foram obtidas com exclusividade através de um trabalho em conjunto entre o Jornal Razão e o Mesorregional.

Quando questionado sobre por que não parou para prestar socorro, ele afirmou: “Eu pensei… A gente sempre tem a notícia, né, de acontecer coisas assim… E eu não queria estar na minha pele, entendeu? Eu só não queria estar no meu lugar ali, porque, cara, não tinha algum lugar que eu não me vejo pra mim. Por mais que, confere que eu sou um réu hoje… e eu sei como isso é visto… porque eu já presenciei coisas parecidas… e eu só não queria estar na minha pele. Eu só queria não estar ali, eu só queria poder… sumir. Foi o que aconteceu.” concluiu em seu depoimento.

Foto: Reprodução / Teleconferência

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