Mulheres que precisam de reconstrução de mamas não são operadas em Blumenau por falta de material
O Mesorregional recebeu um pedido de socorro. Isso porque pacientes que venceram o câncer de mama e estão na fila para reconstrução não estão sendo operadas por falta de expansor.
O uso desse material é uma técnica utilizada em pacientes submetidas à mastectomia, tanto imediatamente após a retirada da mama, como de forma tardia. Geralmente os resultados estéticos são satisfatórios, sem haver a necessidade de usar tecidos de outra parte do corpo.
De acordo com o site cancerdemamanobrasil.com.br, a cirurgia com uso de expansor tende a ser mais simples que a reconstrução com retalhos e a recuperação costuma ser mais rápida, permitindo que as pacientes retomem as atividades habituais com maior brevidade.
Existem inúmeros formatos e tamanhos de expansores, sendo escolhido individualmente conforme cada caso. Os mais utilizados são os anatômicos, que resultam em uma mama com formato mais natural. Estes estão disponíveis em diversas medidas.
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Porém o material está em falta no mercado, reflexo ainda da Covid-19. A situação não é diferente em Blumenau, mesmo em plena campanha do Outubro Rosa.
Os hospitais se justificam:
Fizemos contatos com as assessorias de comunicação do Hospital Santa Isabel (HSI) e do Hospital Santo Antônio (HSA), ambos de Blumenau e que são referências em tratamentos oncológicos.
O HSI informou que “atualmente, a Rede Santa Catarina encontra dificuldades na aquisição de expansores e próteses mamárias, devido a uma crise internacional de fornecimento da matéria-prima, causada pela pandemia de COVID-19. A instituição está em negociação direta com os fornecedores para normalizar a situação e em contato com as pacientes que, porventura, precisem adiar um procedimento por falta do produto.”
Já o HSA informou que “é referência em oncologia clínica para 14 municípios, e está executando os procedimentos reconstrutores que não necessitam de OPME” (órteses, próteses e materiais especiais) “e também realizando conforme abastecimento de próteses e expansões pelas empresas fornecedoras.”
Ainda de acordo com o Santo Antônio, “a falta deste material não se trata de um problema exclusivo de uma única instituição e sim da grande maioria, pois as empresas fabricantes deste OPME não conseguem produzir em grande escala e atender a demanda por falta de matéria prima.”
Foto: Jefferson Peixoto / Secom-PMS