Negócios locais se adaptam e sobrevivem à pandemia
Delivery e retirada no local têm sido os meios pelos quais muitos restaurantes e lanchonetes se mantém durante a pandemia do coronavírus. O governo de Santa Catarina liberou a abertura de restaurantes no dia 22 de abril e, desde então, os estabelecimentos voltaram a funcionar e lutam para sobreviver ao cenário de crise.
Em Blumenau, o Vegecetera, um restaurante-lanchonete vegano, retirou as mesas e cadeiras do seu estabelecimento e colocou barreiras físicas para que as pessoas mantenham a devida distância do balcão. Conforme explica Eduardo Lourenço Jorge Jardim, proprietário do restaurante, a preferência é que as pessoas façam o seu pedido e passem apenas para buscá-lo, para evitar a possibilidade de aglomeração. Com uma equipe de seis funcionários, sendo dois deles entregadores, o Vegecetera continua seu trabalho e tem uma boa demanda.
O restaurante passou duas semanas fechado devido à pandemia da Covid-19. Agora, com o serviço funcionando apenas para retirada no local e delivery, Eduardo conta que ainda não tem intenção de voltar o atendimento presencial, pois não julga correto. “Já tem outras cidades do Brasil entrando em lockdown. Santa Catarina ainda está com uma situação confortável mas a gente sabe que o contágio desse vírus é muito intenso, então em qualquer momento a situação pode mudar“, diz ao Mesorregional.
Neste momento, é normal que pessoas responsáveis por pequenos negócios acabem ficando apreensivas em meio a tanta incerteza. No entanto, também é tempo de explorar as novas possibilidades. Para o proprietário do Vegecetera, o momento é uma oportunidade para aproveitar os meios digitais e encontrar novas oportunidades. Ele acredita que, quando as coisas voltarem ao normal, haverá uma presença maior na internet como consequência do cenário atual. “A pandemia está empurrando a gente pro futuro nesse aspecto“, ressalta.
Além disso, é importante estar atento para as medidas de segurança e novos hábitos que devem nos acompanhar a partir de agora. Máscaras e álcool em gel não podem faltar, e objetos como maçanetas e interruptores devem ser higienizados com frequência.
Diante desse cenário, a saúde e a economia andam lado a lado na lista de preocupações. O Vegecetera, embora seja uma empresa que fornece alimentação, também passa por uma queda de faturamento, mas pode se manter. “O importante é isso nesse momento, sobreviver” completa.
Sobre o Vegecetera
A jornada do Vegecetera começou em 2015, na cozinha de casa, com a intenção de vender congelados. Diante da necessidade de ampliar seu espaço e atendimento, em 2017, a equipe se mudou para um estabelecimento estabelecimento localizado na Rua Ângelo Dias, 45, no centro da cidade. A partir de então, o restaurante-lanchonete passou a servir almoço também. De acordo com o proprietário, Eduardo Lourenço Jorge Jardim, a intenção sempre foi fazer uma cozinha vegana para todos os gostos, não apenas para veganos e simpatizantes.